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Dama das Américas

Há mais de 3 000 espécies de bromélias no continente americano. No Brasil, a maior quantidade delas ainda está nos 7% que restam da Mata Atlântica. Uma equipe de biológos está terminando, nessas florestas, o primeiro inventário dessa planta exuberante.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h13 - Publicado em 30 set 1999, 22h00
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  • Rossana Maurell

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    Cristóvão Colombo foi o primeiro europeu a maravilhar-se com uma bromélia, o abacaxi, na Ilha de Guadalupe, no Caribe, em 1493. A beleza versátil dessa planta nativa das Américas nunca mais deixou de impressionar. Ela brota do sul quente da Flórida, nos Estados Unidos, à gélida Patagônia, na Argentina. Agarra-se ao tronco de árvores, enraíza-se na areia das praias, brota da aridez da caatinga e do charco dos manguezais. Até a pedras a bromélia se cola. Mas seu reino ideal é a Mata Atlântica. É ali – nos 7,3% restantes da floresta que cobria 1 milhão de quilômetros quadrados no século XVI – que nascem mais de 700 das 1 300 espécies brasileiras.

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    Essa diversidade persistente está prestes a ganhar um inventário completo. O botânico Gustavo Martinelli, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, termina o levantamento das bromélias nativas da Mata Atlântica. Martinelli e sua equipe já rodaram 71 697 quilômetros – o equivalente a quase duas voltas ao redor da Terra. Durante dois anos coletaram 2 377 mudas de 700 espécies – quatro ainda não descritas na literatura científica. Todas serão transferidas para o Jardim Botânico. “Com isso, podemos replantá-las e, assim, garantir a sobrevivência de espécies ameaçadas de extinção”, diz Martinelli.

    Algo mais

    O abacaxi (Ananas comosu) é a bromélia mais popular. Da América, a planta suculenta foi transplantada por portugueses para a África e a Índia. Dali, foi para a Oceania. Acabou por se tornar prato típico na Polinésia.

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    Santa Catarina

    Antonio Carlos

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    A Wittrockia Smithii prende-se a árvores e dá um fruto branco, não cosmestível. Os pequenos anfíbios que moram entre suas folhas são um petisco para os macacos

    Rio Grande do Norte

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    São Miguel de Touros

    As bromélias têm grande capacidade de armazenar água entre as folhas. Muitas, como esta do gênero Hohenbergia, que atinge 1,20 metro de altura, servem de abrigo a insetos e aranhas. Como a caranguejeira desta foto

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    Alagoas

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    Serra do Ouro, Murici

    Quando floresce, a Portea leptantha exala um aroma adocicado. Ela chega a 1,30 metro e cresce tanto em árvores quanto em pedras e no solo

    O que parece pétalas na Canistrum aurantiacum, natural de Pernambuco, são folhas modificadas. Elas atraem insetos polinizadores para as flores (amarelas, no miolo)

    Ceará

    Sergipe

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    O néctar da Aechmea aquilega embriaga os beija-flores. Os pássaros polinizam as flores desta bromélia que cresce em árvores e também no solo, atingindo 1 metro de altura

    Paraíba

    Mamanguape

    Como no abacaxi, cada gomo da Pseudoananas sagenarius é um fruto. Esta bromélia espinhenta cresce no chão até 1,50 metro de altura

    Bahia

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    Ilhéus

    Esta planta do gênero Billbergia possui folhas exuberantes e resistentes. Mas suas belas flores aparecem e murcham num único dia

    Minas Gerais

    Conceição de Ibitipoca

    Uma bromélia do gênero Nidularium. O que parece pétalas são, na verdade, folhas modificadas que servem de atrativo e campo de pouso para insetos e aves

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    Todo litoral brasileiro, até região Sudeste

    A Aechmea Nudicaulis, que cresce em tronco de árvores, é um das mais comuns na América do Sul. É polinizada por beija-flores.

    Bahia

    Monte Pascoal

    Esta variedade da Gusmania lingulata se agarra ao tronco de árvores. No Brasil, só foi achada até hoje no topo do Monte Pascoal.

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