E Darwin nem leu…
O monge austríaco Gregor Mendel (1822-1884) observou que, cruzando um pé de ervilha alto com outro alto, o resultado era uma planta grande. Já plantas baixas geravam pés pequenos. Mas a combinação dos dois tipos criava ora descendentes baixos, ora descendentes altos. A partir disso, ele afirmou que as características eram herdadas por dois fatores, masculino e feminino. No caso, um dos fatores seria dominante, inibindo o outro que chamou de recessivo. Hoje o conceito de genes recessivos e dominantes é uma das bases da Genética mas, em sua época, Mendel foi solenemente ignorado. Ele escreveu até para Charles Darwin, autor da teoria da evolução das espécies, e recebeu a resposta de que o naturalista inglês estava “ocupado para examinar suas idéias.” O monge publicou o artigo em 1865. Ninguém deu atenção. O trabalho só voltou à tona em 1910, graças ao biólogo americano Thomas Morgan, que o usou para explicar sua teoria de que os cromossomos eram os responsáveis pela hereditariedade.