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Do pau à pedra

Texto Rodrigo rezende Pau O que você faz com dois pedaços de madeira? O grego Eratóstenes, em 276 a.C., calculou a circunferência da Terra. Ele fincou, ao meio-dia, um dos paus na cidade de Siena, no Egito, e outro em Alexandria, a 800 km. Só um deles fez sombra, num ângulo de 7o. “Se 7o […]

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Atualizado em 31 out 2016, 18h26 - Publicado em 31 out 2007, 22h00
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  • Texto Rodrigo rezende

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    Pau

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    O que você faz com dois pedaços de madeira? O grego Eratóstenes, em 276 a.C., calculou a circunferência da Terra. Ele fincou, ao meio-dia, um dos paus na cidade de Siena, no Egito, e outro em Alexandria, a 800 km. Só um deles fez sombra, num ângulo de 7o. “Se 7o equivalem a 800 km da superfície da Terra, então os 3600 do planeta inteiro correspondem a 40 mil km”, pensou. E registrou o diâmetro da Terra na…

    Biblioteca de Alexandria

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    A instituição possuía o maior patrimônio intelectual da Antiguidade: 500 mil papiros. A sede por conhecimento era tão grande por lá que as autoridades vasculhavam embarcações estrangeiras para roubar livros. Mas aí veio a guerra civil egípcia do século 3 e arrasou a biblioteca. Felizmente, algumas obras sobreviveram à destruição e chegaram aos…

    Grandes navegadores

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    A cartografia de Eratóstenes e os mapas do céu de Ptolomeu faziam parte do kit de sobrevivência de qualquer navegante dos bons. Cristóvão Colombo, por exemplo, devorou os clássicos dos grandes sábios de Alexandria. Mas, com o avanço das empreitadas náuticas, era necessário entender os astros ainda melhor. Como as navegações rendiam uma grana alta, acabaram catapultando o desenvolvimento da…

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    Astronomia

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    Daí para a frente choveram quadrantes, astrolábios, sextantes, balestilhas, octantes e mais uma batelada de instrumentos náuticos com nomes bizarros na Europa. Mas, além de progresso técnico, também houve um bom adianto na teoria astronômica. Veio o telescópio, a descoberta das órbitas elípticas, a lei da gravidade, o planeta Urano. E, em 1801, o italiano Giuseppe Piazzi viu uma enorme…

    Pedra

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    Na verdade, o pedregulho era Ceres, um asteróide que, ao contrário de Plutão, se deu bem em 2006: foi promovido a planeta anão. Hoje já conhecemos milhares dos colegas de Ceres. Eles geralmente ficam em órbita entre Marte e Júpiter. Mas, a qualquer momento, um deles pode nos visitar. E aí provavelmente já era: encaramos o mesmo destino dos dinos. Não sobra nem pau nem pedra. É o fim do caminho.

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