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Do Rio Grande à Amazônia

Os 20 mil sítios arqueológicos espalhados pelo país já revelaram de tudo. Inclusive Luzia, a brasileira mais antiga de que se tem notícia

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h20 - Publicado em 31 jul 2008, 22h00

Texto Mariana Sgarioni

Arqueologia amazônica

Muitos pesquisadores acreditam que as futuras grandes descobertas arqueológicas no Brasil vão ocorrer na Amazônia. Hoje, um dos principais objetos de estudo é a cerâmica. Os primeiros ceramistas daquela região surgiram por volta de 6500 a.C. Inicialmente, produziam peças utilitárias, simples e sem adornos. Com o tempo, eles passaram a cerâmicas mais elaboradas. Alguns dos melhores exemplos estão na ilha de Marajó. Peças das culturas marajoara (foto) e tapajônica são admiradas no mundo inteiro, reproduzidas como obras de arte. No sítio da Pedra Pintada, no Pará, há sinais de presença humana datados de 11 300 anos.

Ruínas urbanas

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Elas são poucas – afinal, a urbanização é recente no Brasil. Mas existem. É o caso de Canudos, povoado surgido às margens do rio Vaza-Barris, na Bahia. No fim do século 19, ele foi palco de um dos capítulos mais dramáticos da história brasileira: uma guerra entre seus habitantes e o Exército, que deixou milhares de mortos. Na década de 1970, o vilarejo foi coberta pelo lago de um açude. Hoje, na época da seca, algumas construções afloram (foto). No Rio Grande do Sul há outro exemplo de ruínas urbanas: São Miguel Arcanjo. Do século 17, seus prédios são testemunhas das missões jesuíticas de catequização dos índios guaranis.

Sambaquis

O nome vem da língua tupi (tampa = marisco; ki = amontoado). Eles guardam vestígios de grupos que habitaram o litoral há 6 mil anos, vivendo da pesca e da coleta de moluscos. Esses homens juntavam num mesmo lugar tudo que produziam e consumiam, hábito que deu origem a sambaquis espalhados por toda a costa. Neles encontram-se restos de fogueiras, sobras de alimento e sinais de sepultamentos. O sambaqui do Pindaí, no Maranhão, preserva relíquias de antigos povos indígenas. No da barra do rio Itapitangui, em São Paulo (foto), foram encontrados ossos, machados rudimentares e pontas de lança feitas de pedra lascada.

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Rastros humanos

Em 1975, foi encontrado na Lapa Vermelha, em Minas Gerais, um fóssil humano de 11 mil anos. Análises revelaram tratar-se de uma mulher – a brasileira mais antiga de que se tem notícia, batizada Luzia. Seu rosto foi reconstituído com técnicas semelhantes às que recriaram a face do faraó egípcio Tutancâmon (foto). Luzia era uma mulher de traços fortes, que lembram os atuais aborígenes da Austrália. Dois anos mais tarde, em 1977, uma criança mumificada, com idade entre 9 e 10 anos, foi encontrada no sítio da gruta do Gentio, em Unaí, também em Minas. Estima-se que a gruta começou a ser habitada há cerca de 10 250 anos.

Arte rupestre

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São pinturas nas rochas, geralmente monocromáticas, feitas com pigmentos à base de gordura animal ou vegetal. Segundo a Fundação Museu do Homem Americano, há 260 sítios arqueológicos com arte rupestre na serra da Capivara – alguns com idade estimada em 60 mil anos. O maior conjunto de gravuras em pedra do Brasil, no entanto, está na Ilha do Campeche, em Santa Catarina: 167 símbolos gravados. Outro monumento importante é a Pedra do Ingá, na Paraíba – um paredão rochoso com 20 metros de comprimento por 3 metros de altura, contendo inscrições que os arqueólogos ainda não decifraram.

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