Eduardo Bueno , economia e aventura
A localização da primeira feitoria ao sul do Equador também é contestada: segundo os livros didáticos, ficava em Cabo Frio; mas há evidências de que foi erguida na ilha do Governador, na baía de Guanabara.
Ana Ban
O escritor Eduardo Bueno, famoso por traduzir a história do Brasil em uma série de livros populares, agora transformou o primeiro ciclo da nossa economia em aventura. Para cumprir a tarefa, o organizador de Pau-Brasil (Axis Mundi) reuniu um time de especialistas brasileiros e europeus e dissecou os aspectos biológicos, econômicos e históricos da árvore que batizou estas terras – tudo ilustrado por fotos atuais e desenhos antigos. Aprende-se que a origem de “brasil” não vem de brasa, como todo mundo estudou na escola, mas sim de uma palavra antiqüíssima da linguagem celta, breazail, que denominava o estanho, utilizado pelos fenícios para colorir suas roupas de púrpura. A localização da primeira feitoria ao sul do Equador também é contestada: segundo os livros didáticos, ficava em Cabo Frio; mas há evidências de que foi erguida na ilha do Governador, na baía de Guanabara.
Entre os absurdos da exploração, que durou cerca de 350 anos (do descobrimento em 1500 até meados do século 19), tomou-se consciência de que a árvore estava ameaçada de extinção e que, se sumisse, os arcos de violino nunca mais seriam os mesmos e, junto com ela, desapareceria também um possível remédio contra o câncer. A obra vem em duas edições: vistosa, com capa dura (80 reais); ou popular, em papel reciclado (35 reais).