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Índios: Eles não usam havaianas

São 217 índios vivendo como manda o figurino: nus e em paz. Conheça os zo·és, a tribo amazonônica que apenas um punhado de brancos encontrou pela frente

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h27 - Publicado em 30 jun 2004, 22h00

Com textos de Sergio Gwercman

PELADOS COMO SEMPRE

Hoje natural entre os índios zo’és, a nudez foi banida pelos missionários evangélicos que fizeram o primeiro contato com a tribo nos anos 80. Quando a atual administração da Funai assumiu a aldeia, em 1996, o primeiro ato foi incentivar o abandono das roupas. Começava assim um processo que devolveu aos índios a cultura dos índios.

NINGUÉM APITA

Não existem caciques ou hierarquia entre os zo’és – que tampouco gostam de guerrear. Cada uma das sete aldeias do território demarcado, no norte do Pará, tem moradias coletivas. É uma espécie de tenda sem paredes, onde famílias se reúnem em volta de fogueiras e dividem espaço com bichos de estimação: macacos, urubus, tucanos…

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ESTOU VESTIDO

Nudez é questão de ponto de vista. O índio que aparece na foto ao lado não se considera sem roupas. Para os zo·és, o adorno peniano é uma vestimenta imprescindível. É impossível encontrar um índio sem o soonã – os homens só o retiram para fazer a higiene íntima ou se relacionar sexualmente com as parceiras. Alguma semelhança com sua cueca?

FATOR BELEZA

Ser zo’é é ter um mberpot, o adorno que perfura a região labial. O implante é feito após a troca de dentição, com a ajuda de um osso de perna de macaco afiado (à esquerda). Mais tarde, é trocado por uma estaca da madeira poturu, que alarga o buraco. O mberpot deforma a arcada dentária, prejudica a mordida, mas todo zo’é se sente bonito ostentando um.

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RAVE NA FLORESTA

A única festa do calendário zo’é é a celebração do Serpy, uma bebida não-alcóolica indutora de vômitos que “limpam impurezas”. A celebração acontece… sempre que dá na telha dos índios. Aldeias se reúnem e dançam uma madrugada inteira. Quando amanhece, começa a distribuição do serpy. E todos voltam para casa de alma lavada.

TUDO EM CASA

Poligâmicos, os zo’és adoram casamento. Chegam a ter seis parceiros ao mesmo tempo. Aos 5 anos, Kunhãmbyk, que aparece na foto com uma tiara de penugem de urubu, já vive com a família do noivo. Muitos meninos iniciam a vida sexual com as futuras sogras, que os preparam para o matrimônio com a filha. Não raro, continuam se relacionando com as duas.

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