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Josué

Um estrategista brilhante que não fazia prisioneiros: matava ou mandava matar todos os seus adversários

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h16 - Publicado em 16 fev 2013, 22h00

Maria Fernanda Vomero

Seu nome, em hebraico, significa “Salvador” ou “o Eterno salva”. Segundo a Bíblia, foi um guerreiro determinado. E, para os judeus, figura entre os líderes mais importantes da história de Israel. Josué esteve ao lado de Moisés durante o Êxodo e os 40 anos de exílio no deserto do Sinai. Quando o profeta morreu, coube a ele sucedê-lo numa missão complexa: cruzar o rio Jordão e iniciar a conquista de Canaã, estabelecendo assentamentos israelitas permanentes no que hoje é a Cisjordânia. O próprio Deus havia garantido estar ao seu lado no extermínio das nações canaanitas. De acordo com o texto bíblico, Josué comandou uma campanha militar impecável: tomou cidades, ocupou as montanhas da Judeia e conquistou toda a região norte – praticamente sem deixar sobreviventes.

Dotado de visão estratégica e experiência como soldado, Josué driblava com astúcia as limitações de seu exército. Na conquista da amuralhada Jericó, por exemplo, lançou mão de táticas como a guerra psicológica e espionagem para tomar a cidade de assalto (leia mais nas págs. 44 e 45). Ele também sabia que as planícies eram um terreno favorável aos cananeus com seus carros de guerra. Por isso, levou o combate para as montanhas – tirando proveito da mobilidade e da rapidez de seus soldados.

Há uma explicação para a postura sanguinária de Josué: na época, o extermínio do inimigo era uma estratégia como outra qualquer. Mas há que se considerar também o contexto em que as passagens da Bíblia referentes a ele foram escritas. “A redação deve ter ocorrido no tempo do rei Josias [639-609 a.C.], que, após o declínio do Império Assírio, empreendeu uma tentativa de recuperar o território do antigo reino de Davi”, afirma o teólogo e pesquisador Carlos Arthur Dreher, autor de A Constituição dos Exércitos no Reino de Israel. “Assim, o livro de Josué não corresponde à verdade histórica, mas a uma aspiração.”

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VITÓRIA TÁTICA

Depois de conquistar Jericó, Josué enviou seus oficiais para avaliar o assentamento de Ai, na região de Betel. Recebeu deles um relatório otimista, dizendo que bastaria um exército pequeno para tomar a cidade. A força inimiga, contudo, havia sido subestimada e revidou a investida com vigor. Resultado: os israelitas acabaram derrotados (leia mais na pág. 46). Estrategista de mão cheia, Josué teria imediatamente planejado uma resposta genial. Um destacamento, liderado por ele em pessoa, fez um ataque semelhante ao primeiro, mas simulou uma fuga em seguida. O objetivo era atrair as forças inimigas. Então, uma tropa israelita, que permanecia fora da vista dos cananeus, invadiu a cidade desprotegida e a destruiu. Conforme o texto bíblico, “não restou um sobrevivente nem fugitivo”.

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