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Nova expedição ao Titanic procura rádio que emitiu o pedido de socorro

Equipe pretende cortar parte do navio para recuperar o equipamento – que foi essencial para salvar os 705 sobreviventes.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 12 abr 2023, 14h08 - Publicado em 27 Maio 2020, 18h16

Mais de 100 anos desde o naufrágio do RMS Titanic, o navio ainda é objeto de pesquisa dos historiadores. A justiça dos Estados Unidos autorizou uma expedição ao fundo do mar para tentar recuperar o telégrafo usado pela equipe do navio para emitir o pedido de socorro após o choque com o iceberg no oceano Atlântico Norte.

O telégrafo ficava na suíte Marconi, uma das salas de operações do navio. Os tripulantes enviaram sinais com a localização do navio em código Morse na esperança de que algum outro rádio pudesse captar o pedido de socorro. O navio RMS Carpathia, que fazia a travessia dos Estados Unidos para a Áustria, recebeu a mensagem e mudou sua rota para resgatar os botes com 705 sobreviventes do Titanic. O choque com o iceberg ocorreu na noite do dia 14 de abril de 1912, e o resgate chegou na manhã do dia seguinte.

A responsável pela missão é a empresa RMS Titanic, Inc., que já conduziu sete missões de pesquisa e recuperou mais de cinco mil artefatos do navio. “Se não fosse por esse rádio, nenhum sinal de socorro teria sido enviado, ninguém teria sobrevivido, e talvez nós nunca teríamos encontrado o Titanic”, disse o presidente da empresa em entrevista ao Business Insider.

O resgate do telégrafo chegou em boa hora. O navio está sendo deteriorado por uma bactéria chamada Halomonas titanicae, capaz de metabolizar óxido de ferro (em outras palavras, comer ferrugem). Os pesquisadores acreditam que o navio possa desaparecer até 2030. Segundo o presidente da RMS Titanic, Inc., a sala Marconi é uma das mais degradadas.

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Esse é um dos principais motivos que justifica a expedição. A justiça determinou que o telégrafo tem “histórico, educativo, científico e cultural” e deve ser resgatado antes que seja tarde demais. Além de servir para estudos de historiadores, ele ficará em exposição para “contar a história dos homens que mandaram sinais de socorro às embarcações vizinhas até a água, literalmente, chegar nos pés deles”, conta a empresa. No total, 1500 pessoas morreram no naufrágio.

O navio não vai ser visitado por mergulhadores, e sim por um veículo submarino operado remotamente (ROV, na sigla em inglês), que é basicamente um drone do mar. Os pesquisadores ficam em um barco acima da água enquanto operam o robô submarino que entra no Titanic.

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O ROV vai precisar cortar parte da estrutura do navio para entrar na sala Marconi. É a primeira vez que a justiça autoriza uma intervenção desse tipo – e é por isso que o telégrafo não havia sido recuperado ainda. Depois, o robô vai fazer fotos e vídeos do local antes de pegar o aparelho e voltar para a superfície.

No ano 2000, o juíz americano responsável pelas buscas no Titanic havia proibido qualquer expedição que pudesse danificar a estrutura do navio. Até agora, a RMS Titanic, Inc. só havia recuperado itens “soltos”, como pratos, roupas, decorações e itens de uso pessoal dos passageiros. A autorização foi concedida pela atual juíza responsável, que leva em consideração a rápida degradação do monumento. Outros órgãos, como a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos, se opõem à missão comercial, e defendem que o telégrafo deve permanecer submerso e toda a estrutura do navio deve ser preservada.

A empresa diz que pretende evitar o máximo possível de danos e está fazendo simulações em 3D para avaliar a melhor forma de entrar no navio. A expedição está marcada para acontecer entre agosto e setembro deste ano, mas pode ser realocada devido à pandemia de coronavírus.

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