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O Brasil anexasse o Paraguai?

A anexação também é uma imensa dor de cabeça a menos para os investigadores de polícia e empresas seguradoras.

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Atualizado em 31 out 2016, 18h20 - Publicado em 31 dez 2001, 22h00
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  • André Santoro

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    Janeiro de 2002. Os primeiros dias do ano são calmos, preguiçosos. Parece que guerras e conflitos diplomáticos obedecem ao peculiar calendário brasileiro: só começam a existir depois do Carnaval. A situação é calma em Israel, na Colômbia, no Afeganistão. Tudo parece nos conformes até que…

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    Até que o Brasil dá adeus à calmaria. Cansado de sofrer com as falsificações paraguaias, com o roubo de veículos – estima-se que 150 mil carros brasileiros entram todo ano ilegalmente no país vizinho, o que corresponde a 95% do total de carros roubados no país – e disposto a se aliar mais firmemente aos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo internacional (que pode ter suas conexões na tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai), o Brasil decide fazer algo que ninguém esperava: anexar o Paraguai.

    O ex-parceiro do Brasil no Mercosul e uma das mecas do contrabando mundial é transformado no 28º Estado brasileiro, contribuindo para a Federação com um PIB de 10 bilhões de dólares – pouco mais do que o do Piauí, que contabiliza 8 bilhões de dólares. A ocupação militar brasileira é concluída em dois dias. Os cerca de 5,2 milhões de paraguaios recebem com relativa indiferença as tropas verde-amarelas. Isso era mais ou menos esperado. Até porque, ao longo dos últimos 50 anos, o Paraguai assistiu a quatro golpes militares. Depois, a invasão do país pelos brasileiros não é nenhuma novidade: há no país cerca de 450 mil brasileiros no Paraguai – os chamados “brasiguaios” –, a maioria trabalhando em fazendas de compatriotas egressos dos Estados de Rio Grande do Sul e Paraná.

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    O presidente da República empossa, diretamente de Assunção, a capital do novo Estado, um governador que fala espanhol e guarani, os dois idiomas locais, e toda uma nova equipe de policiamento e segurança. Com os 406 752 quilômetros de terras do país invadido (uma área equivalente a duas vezes o Estado do Paraná), ganhamos reforços na agricultura e na pecuária. A região Centro-Sul desenvolve um sistema fluvial de transporte de cargas e passageiros, com o aproveitamento dos rios Paraguai e Paraná. Assim, o Brasil fica mais próximo do Oceano Pacífico e as exportações para a Ásia e Oceania explodem.

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    A anexação também é uma imensa dor de cabeça a menos para os investigadores de polícia e empresas seguradoras. Fazendo parte do território brasileiro, o antigo país, que se notabilizou pelo livre-comércio de carros roubados no Brasil, pode ser objeto de investigação policial.

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    Claro que o equilíbrio de forças no continente fica seriamente abalado. O avanço brasileiro gera desconforto até mesmo nos Estados Unidos. Ou seja, a anexação coloca o Brasil em uma desfavorável situação de isolamento na América Latina.

    Mas os melhores frutos da anexação do Paraguai pelo Brasil crescem mesmo à sombra verdejante dos gramados futebolísticos. Quem conseguiria vencer uma Seleção composta pela nata dos jogadores brasileros e paraguaios – a mistura de ofensividade de atacantes como Denilson e Ronaldinho Gaúcho e da muralha defensiva de craques hermanos como Arce, Gamarra e do goleiro Chilavert, que tapa o gol como quem protege o quintal de casa? Com eles, a Copa seria uma viagem com direito a caneco de campeão do mundo…

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