O caso Roswell
No deserto do Novo México, um objeto misterioso despenca do céu. Era, segundo teorias paranóicas, uma nave tripulada vinda do espaço sideral.
Ivan Finotti
No início de julho de 1947, diversos moradores da região rural de Roswell, cidadezinha no estado do Novo México, nos EUA, afirmaram ter visto luzes esquisitas sobrevoando seus ranchos. Após uma noite de tempestade, o fazendeiro Mac Brazel encontra destroços de metal próximos às ovelhas em sua propriedade. A Força Aérea é convocada e, poucos dias depois, divulga para a imprensa a queda de um disco voador. Horas depois, a história é outra: são restos de um balão meteorológico.
A VERSÃO OFICIAL
Os militares não conheciam o material de que era o feito o balão meteorológico. Por isso, se confundiram e se deixaram levar pela euforia dos demais. Para provar, mostraram os destroços do balão.
A TEORIA DA CONSPIRAÇÃO
O que torna o incidente em Roswell o mais importante caso da ufologia mundial não é o disco voador, e sim o que estava dentro dele: quatro legítimos ETs, cinzas, sem roupas e pequeninos, mas com cabeças e olhos enormes. A funerária local recebeu um pedido de quatro pequenos caixões e um funcionário teve que dar explicações sobre como conservar corpos. Segundo os teóricos da conspiração, o governo conduziu uma autópsia top secret nos alienígenas e aprendeu, por exemplo, que o sangue deles não é vermelho e que a proporção de seus estômagos em relação aos corpos é diferente do humano.
Décadas depois, a teoria da conspiração de Roswell sofreu um baque quando um suposto filme da autópsia dos ETs foi exibido nas televisões do mundo inteiro. Especialistas encontraram erros grosseiros no filme, constatando ser uma fraude. Alguns ufólogos, entretanto, viram nessa fraude a certeza do complô: a filmagem foi feita com bonecos apenas para desacreditar a veracidade da história.
Quanto ao desmentido da Força Aérea, ele soa patético aos ufólogos. Como os militares confundiram um balão com uma nave espacial se tiveram dias para examinar a parafernália? Segundo o fazendeiro Brazel, os destroços de metal encontrados não eram como os exibidos mais tarde. Ao contrário, eram bem esquisitos: tinham hieróglifos roxos e, se um pedaço fosse amassado, ele logo retornaria ao formato original. Além disso, suas ovelhas não quiseram nem saber de chegar perto daqueles pedaços brilhantes. Uma prova irrefutável, pelo menos para um fazendeiro, de que se trata de coisa de outro mundo.