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O mulherengo imortal

Espião, alquimista, diplomata do rei Luís 15: nada disso fez a fama do conde. O que lhe trouxe sucesso foi descobrir o segredo da imortalidade

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h28 - Publicado em 30 set 2005, 22h00
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  • Álvaro Oppermann

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    A França vivia dias agitados. Era 1789, início da Revolução Francesa. Perto de Paris, a condessa d’Adhemar recebeu um bilhete: “Encontre-me na Igreja da Recoleta.” Ao chegar, o misterioso autor não era outro senão o conde de Saint-Germain, morto havia 5 anos. E ele, que já teria 80 anos, não aparentava mais de 45.

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    Essa é apenas uma das histórias sobre o conde de Saint-Germain, personagem do século 18 venerado por diversas ordens esotéricas e tido como imortal. Em compensação, há quem duvide que tenha existido. Bem, vamos aos fatos.

    O filósofo Rousseau e o político Horace Walpole o conheceram. Chegou à corte francesa em 1743, com passado nebuloso. Alguns duvidavam da autenticidade de seu título nobiliárquico. Era um virtuose do violino, mestre da alquimia e de outras ciências ocultas (modas na época). E tinha grande lábia. Não demorou a conquistar a confiança do rei Luís 15. A sua fama de dom-juan e uma suspeita de falsificação de jóias entretanto macularam sua imagem. Em 1746, teve de desaparecer.

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    Voltou a dar as caras em Versalhes em 1758. O rei o enviou a missões de espionagem na Inglaterra, Holanda e Áustria. Na Itália, virou amigo de Casanova, que se transformou em seu parceiro de farra. Para toda bela mulher, revelava possuir o elixir da eterna juventude. O truque funcionava especialmente com jovens da corte e criadas crédulas. Acabou, porém, desvirginando a filha de um nobre que o estava hospedando. Achou melhor sumir de novo.

    Depois, foi avistado diversas vezes na Europa, sempre com nomes diferentes: conde de Tsarogy, conde Welldone, marquês de Montferrat. Na época, já estava em decadência. Foi tido como charlatão na corte do rei Frederico da Prússia ao dizer que transformava chumbo em ouro. Supostamente, morreu amargurado em 1784.

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    Algo enigmático entretanto ocorreu: diversos nobres passaram a relatar encontros misteriosos, sempre sem testemunhas, com o conde. O filósofo Voltaire dizia que ele era de fato imortal. Altos dignitários de sociedades secretas atestavam que seus poderes alquímicos eram reais. A fama do conde de Saint-Germain não parou de crescer. Talvez o enigma do conde seja insolúvel. Saint-Germain, em algum lugar, deve estar sorrindo frente ao nosso espanto.

    Grandes momentos

    • Nasceu supostamente em 1709, em local incerto (para alguns, no entanto, ele era contemporâneo de Cristo).

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    • Em 1762, ajudou os irmãos Orloff (ver Quem Foi, edição 212) a colocar Catarina, a Grande no trono da Rússia.

    • Supostamente morreu de pneumonia na Alemanha, em 1784.

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    • Teria sido visto em 1835 em Milão e em 1867 no Egito. A teosofista Anne Besant disse tê-lo encontrado em 1896.

    • Há quem diga que vive ainda hoje na cidade holandesa de Usselstein, onde é engenheiro ambiental.

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