Edward Pimenta Jr.
Ninguém tem muita certeza. O que se sabe é que foi no século 2 que a palavrinha apareceu grafada pela primeira vez. O médico grego Quintus Serenus Sammonicus a escreveu num de seus livros sobre remédios e curas. Segundo o livro, abracadabra tratava-se de um vocábulo secreto de uma seita na Alexandria, cujo deus supremo era Abrasax, inspirador do nome.
Também não há explicação definida para a maneira como o mote acabou chegando às línguas modernas. A forma grega, abrasadabra, pode ter sido a responsável. Mas há quem diga que abracadabra foi inventada a partir das iniciais de três nomes hebreus que se referem à Trindade: Ab (Pai), Ben (Filho) e Ruach Hakadosh (Espírito Santo). Outras teorias dizem que a expressão surgiu da união das palavras hebraicas abreg, ad e habra. A junção das três significaria “fulmine com seu raio”. E há ainda quem aposte que o jargão mágico seria um mix das palavras celtas Abra (Deus) e Cad (Santo).
Durante a Antiguidade, a expressão era escrita num triângulo de couro usado no pescoço como pingente para invocar poderes de cura para dores e outros perrengues.
Os adeptos da religião wicca acreditam em sua função protetora. Exorcistas e místicos usam-na até hoje para chamar ou banir espíritos. E de Houdini a David Copperfield, todos os ilusionistas, grandes ou medíocres, empregaram a expressão.