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O que significam os símbolos da bandeira antifascista?

Entenda os elementos da logo que dominou as redes sociais na última semana.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 8 mar 2023, 11h21 - Publicado em 3 jun 2020, 11h03

Os Estados Unidos enfrentam, desde a última semana, uma onda de protestos civis gerada pela morte de George Floyd. No Brasil, torcidas organizadas de futebol e ativistas também foram às ruas a favor da democracia. No meio desse período de manifestações e mobilização social, começaram a surgir nas redes sociais bandeiras antifascistas. Mas o que caracteriza o antifascismo? E o que representam seus símbolos?

O antifascismo nasceu na década de 1920, com fortes inspirações anarquistas, para combater o fascismo italiano, capitaneado por Benito Mussolini. A bandeira, na época, era outra. Criada pela organização antifascista Arditi del Popolo, mostrava num fundo vermelho um machado quebrando um fasces, símbolo associado ao poder que pertencia à estética do fascismo.

Um novo logotipo, mais próximo do atual, foi criado em 1932. Ele era usado pela Ação Antifascita (do alemão Antifaschistische Aktion), organização afiliada ao Partido Comunista Alemão que existiu entre 1932 e 1933. Quem assina a criação do símbolo, que contava com duas bandeiras vermelhas voltadas para a esquerda, é o estudante da Bauhaus (escola de arte vanguardista alemã) Max Gebhard e o artista gráfico Max Keilson.

A ideia foi se adaptando ao longo do tempo, até chegar à atual – uma bandeira preta maior sobre a vermelha menor – em 1970. As cores das bandeiras fazem menção a outros movimentos políticos. A preta representa o anarquismo (ideologia que se opõe a qualquer tipo de dominação) e a vermelha, o comunismo ou socialismo.

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Hoje, o movimento se apresenta contrário a qualquer vertente extremista, como o nazismo, antissemitismo, racismo, nacionalismo étnico e outras ideologias supremacistas. Todos os meios são considerados válidos para que se faça valer esses ideais, o que pode incluir a violência e depredação.

Essa vertente “violenta” do movimento fez com que se questionasse, nas redes sociais, a banalização do termo “antifascismo” e, principalmente, a dissociação de seu símbolo original. Tudo porque que a bandeira mais recente, originalmente vermelha, branca e preta, apareceu em tons de azul, amarelo, roxo, entre outras. “Professores Antifascistas”, “Biólogos antifascistas” ou “Feministas Antifascitas” foram alguns exemplos de grupos que modificaram as cores e a mensagem original. Você pode ver alguns exemplos de alterações neste link.

Apesar de ganhar destaque nas redes sociais nos últimos dias, a bandeira vermelha e preta não é a única logo antifascista. Outro símbolo relevante o círculo com três setas. Ele foi criado em 1931 pelo ativista Sergei Tchakhotine, para a organização Frente de Ferro, que era anti-nazista, anti-monarquista e anti-comunista.

Não se sabe ao certo o significado de cada seta, mas há a hipótese de que cada uma representa um dos inimigos da organização. Por outro lado, há quem diga que representam as forças política, física e econômica ou até mesmo os três partidos da Frente (o Partido Social Democrata, a Central Sindical e o Reichsbanner). Além disso, o símbolo tem um design funcional para cobrir suásticas nazistas, como um tampão.

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