PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Os astrônomos maias

Eles conheciam tudo sobre o movimento dos astros. Mas, pelo que se sabe, nunca viram uma luneta. Como seria possível?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h28 - Publicado em 31 ago 2003, 22h00

Thiago Lotufo

Os maias sabiam tudo de astronomia. Sabiam mais do que os chineses no mesmo período (300 d.C. a 900 d.C.) e com uma exatidão que os europeus só foram alcançar no século 18 com o uso de telescópios. Exemplo disso foram os cálculos feitos por eles que estabeleceram o ciclo solar em 365,2420 dias e o lunar em 29,53086 dias. Para se ter uma idéia da exatidão desses números, apenas há pouco tempo cientistas constataram, com o auxílio de computadores e cálculos refinados, que o ano solar é de 365,2422 dias e o ciclo lunar de 29,54059 dias. Assombroso, não? Os maias calcularam também o ciclo de Vênus em relação à Terra e chegaram a 583,935 dias (atualmente, estima-se que ele fique entre 583,920 e 583,940). Acredita-se que Vênus, aliás, era tão ou mais importante para os maias do que o próprio sol. A Via Láctea também era bastante venerada e eles a chamavam de “Árvore do Mundo”.

Por serem um povo essencialmente agrícola, além de observar os corpos celestes que afetavam o plantio, os maias tinham também uma enorme preocupação em medir o tempo. Criaram diversos sistemas de calendários que de alguma maneira se mostravam interligados. Os mais conhecidos eram: o tzolkin (calendário ritual), formado por 13 números e 20 signos criando um ciclo de 260 dias; o tun (calendário civil), dividido em 18 meses de 20 dias (360 dias); e o haab, estabelecido no formato de 365 dias que conhecemos, sendo que os cinco últimos dias eram considerados extras e um período de azar.

Todos esses conhecimentos astronômicos e matemáticos só chegaram até nós graças a um manuscrito conhecido por Código Dresden, um dos poucos documentos maias que resistiram à ocupação espanhola. Nele, no entanto, não há nenhuma indicação de como essa civilização obtinha o conhecimento. Sabe-se, por exemplo, que em cidades maias, como Chichen-Itzá, havia construções que funcionavam como observatórios astronômicos e templos que respeitavam alinhamentos com os astros. Mas que instrumentos eles usavam para observar e medir? De que eram feitos? Não se sabe. Uma hipótese é a de que esses objetos eram confeccionados em madeira e por isso não teriam sobrevivido ao tempo.

 

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.