G4 Cube
Era um computador poderoso, com um design tão inovador que um exemplar está exposto no Museu de Arte Moderna de Nova York. Só que custava caro, cerca de US$ 2 mil dólares, e era mais bonito do que funcional – naquele momento, a própria Apple oferecia opções melhores. O fracasso nas vendas levou a empresa a ter um prejuízo de US$ 247 milhões no primeiro trimestre de 2001, o primeiro da gestão de Jobs.
Venda de ações
O patrimônio de Steve Jobs não era proporcional ao sucesso da Apple. Na lista dos 400 homens mais ricos dos EUA segundo a revista Forbes, ele fica em 39o lugar, bem atrás de Mark Zuckerberg, do Facebook, e Larry Page e Sergey Brin, do Google. Bill Gates é o primeiro. Como é possível se a Apple é hoje a empresa mais valiosa do mundo? É que Jobs tinha poucas ações da companhia. Em 2006, vendeu um lote gigantesco. Achava que o preço estava no auge e não subiria mais.
iPhone fechado
Sabe-se hoje que o smarthphone da Apple mudou a telefonia e criou um mercado gigantesco de aplicativos. Mas no começo não foi assim. Da forma como foi lançado, o aparelho não era aberto para programas criados por desenvolvedores externos. Quando a empresa resolveu abrir esse mercado e percebeu seu potencial, ficou tão empolgada que lançou um kit para facilitar a vida de quem quiser criar seu próprio app. Mas a mania de controle não desapareceu. A empresa se reserva o direito de barrar os aplicativos que quiser.
Censura a conteúdo
Muito de vez em quando, Jobs admitia em público que tinha errado. Foi o caso do episódio envolvendo o cartunista Mark Fiore. Em 2010, seu aplicativo para iPhone com a divulgação de seus trabalhos acabou barrado por “satirizar figuras públicas”. Fiore fez a história circular pela internet, e a notícia da censura levou a Apple a pedir, uma semana depois, que ele reapresentasse seu produto. Ele se recusou. Outros cartunistas, como Daryl Cagle, já passaram pelo mesmo problema.
Lisa
Era para ser o computador dos computadores, a maior revolução da informática do século 20. Tanto que, entre o fim dos anos 70 e o começo da década seguinte, esse era um projeto muito mais importante do que o Macintosh. Ao ser lançado, em 1982, o Lisa era tudo o que prometia: tinha memória protegida, um hard disk extremamente sofisticado e suporte para até 2 MB de memória RAM. Mesmo assim, foi um fracasso. Ninguém estava disposto a pagar US$ 10 mil por um computador. Quem topou foi a Nasa, que acabou desistindo depois de se debater com vários problemas da máquina.
Briga perdida?
O Android, do Google, toma mercado do iOS
De um lado, um sistema operacional aberto para smartphones e tablets, suportado pela empresa que representa a era da internet. De outro, um concorrente de código fechado, mantido pela companhia que deu origem aos computadores pessoais. A briga entre o Android, do Google, e do iOS, da Apple, está só começando, mas parece com outra que aconteceu 20 anos atrás. O Android pode ser usado em aparelhos de vários fabricantes – para o Google, o importante é que os usuários usem seu site para fazer buscas e acessar mapas. O difícil é manter a estabilidade do programa quando mais de 300 tipos de modelos diferentes o usam. Já o iOS é bem mais estável, mas seu software só está disponível para modelos Apple. Em resumo: essa é uma reedição da batalha Mac x PC, com o Android no lugar do Windows. Como no passado, tudo indica que a Apple vai perder. De acordo com a consultoria iSuppli, em 2012 o Android vai se tornar o sistema operacional mais usado do mundo.