A pólvora é talvez a mais notável invenção a traduzir a incrível capacidade do homem de ser belo e destrutivo ao mesmo tempo. A história de sua criação é nebulosa, uma vez que não há um registro preciso sobre a data e local da primeira experiência com o material. Historiadores creditam aos chineses a descoberta, que teria ocorrido acidentalmente, em meados do século 9.
Por volta do ano 1000, os chineses já usavam a “pólvora negra” (em pó, composta de enxofre, salitre e carvão) como inofensivos fogos de artifício, usados apenas para diversão. Paralelamente davam um fatal passo tecnológico no uso de armas de fogo, utilizando-as em batalhas ao lançar bombas por catapultas. Mais tarde, surgiu o tubo de bambu, um precursor do canhão. Entre os séculos 15 e 17, metais mais resistentes foram criados e a pólvora passou a equipar armas mais sofisticadas, como mosquetes.
Em 1886, o francês Paul Vieille inventou a pólvora chamada “sem fumaça”, em grãos, mais potente que a negra e indicada para as armas de disparo. Anos depois, foi Alfred Nobel quem a aperfeiçoou, tornando seu uso mais prático. De bombinhas e pirotecnia a obuseiros arrasa-quarteirão, a pólvora continua freqüente na vida do homem contemporâneo, na alegria e na tristeza.