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Qual é a origem da palavra “carioca”? E “fluminense”?

Veja a etimologia e a história por trás dos gentílicos da cidade (e do estado) do Rio de Janeiro.

Por Leo Caparroz
14 dez 2023, 18h53 • Atualizado em 18 dez 2023, 15h36
  • Preciso admitir: como um bom paulista, a diferença entre “carioca” e “fluminense” nunca foi muito clara na minha cabeça. Qual é o gentílico para quem nasce na cidade do Rio? E no estado?

    Acredito não ser o único nessa, então fica o lembrete: “carioca” é quem nasce no município do Rio de Janeiro; “fluminense”, no estado. Todo carioca é fluminense – inclusive os flamenguistas, rs.

    Vamos à origem de cada uma dessas expressões:

    A palavra “carioca” tem origem tupi, mas o seu exato significado ainda gera debate. A ideia mais difundida é de que seria a junção de kara’iwa (homem branco) e oka (casa): “casa de branco”.

    Outra hipótese diz que o nome significa “casa do peixe cascudo”. Quando os primeiros europeus chegaram na costa, suas armaduras teriam feito com que os nativos se lembrassem das escamas de um peixe.

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    Já “fluminense” teria vindo de flumem (do latim, “o rio”). Somado ao sufixo -ense, quer dizer “aquele que vem do rio”.

    Como essas palavras se tornaram gentílicos é outra história. Na cidade do Rio, existe o rio Carioca, que nasce na Floresta da Tijuca e passa por bairros como Cosme Velho e Laranjeiras.

    Bom, não dá para cravar qual veio primeiro: o nome do rio ou o gentílico. Alguns defendem que o “carioca” do curso de água passou para os que moravam lá perto; mas há quem defenda o contrário. Seja como for, durante o período colonial, quem nascia na capitania do Rio de Janeiro já era conhecido como carioca.

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    “Fluminense” veio só depois. Em 1783, por meio de um decreto do vice-rei do Brasil, D. Luís de Vasconcelos e Sousa, nascidos na província do Rio de Janeiro passariam a ser referidos com esse gentílico. A palavra seria uma alternativa “mais civilizada” para “carioca” – a elite não queria ser vinculada a um nome indígena, então pediram para trocar. Mas “carioca” sobreviveu na boca do povo.

    Durante o tempo em que o Rio foi capital do Brasil, o gentílico oficial da cidade também era “fluminense” – novamente, a pedido dos membros da corte. Em 1960, a capital foi transferida para Brasília, e o município virou “estado da Guanabara”. Foi aí que “carioca” foi oficializado pela primeira vez. Na fusão da Guanabara com o restante do estado do Rio, em 1975, os gentílicos ficaram na configuração atual.

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