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Segunda Guerra: um dia qualquer no inferno

Texto Alexandre Carvalho dos Santos Esqueça Hitler. E Churchill, Roosevelt e Stálin também. O melhor jeito de saber o que realmente foi a 2a Guerra Mundial não são as histórias das batalhas ou os conchavos políticos, mas o dia-a-dia de gente comum que teve a vida virada de ponta-cabeça pela guerra. É o que mostram […]

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Atualizado em 31 out 2016, 18h27 - Publicado em 30 nov 2008, 22h00
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  • Texto Alexandre Carvalho dos Santos

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    Esqueça Hitler. E Churchill, Roosevelt e Stálin também. O melhor jeito de saber o que realmente foi a 2a Guerra Mundial não são as histórias das batalhas ou os conchavos políticos, mas o dia-a-dia de gente comum que teve a vida virada de ponta-cabeça pela guerra. É o que mostram os diários destas 3 mulheres – uma francesa, uma judia-polonesa e uma alemã. Para quem tem estômago forte, como o delas.

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    RESISTÊNCIA

    Agnès Humbert é uma heroína da Resistência à ocupação nazista na França. Ela redigiu e distribuiu, clandestinamente, o jornal Résistance, contra o governo controlado pelos alemães. E pagou caro. Denunciada e entregue ao inimigo, Agnès foi condenada a 5 anos de trabalhos forçados, comendo o pão que Goebbels amassou em prisões francesas e, pior ainda, em fábricas alemãs, onde tinha de manusear ácidos que queimavam a pele. Dureza. “Para as mãos, eu precisava de bandagens úmidas, só que não havia água… Tentemos, então, xixi”, escreveu a francesa. Agnès chegou a emagrecer 20 quilos (não havia comida suficiente), e ficar semanas sem tomar banho (não havia água para todo mundo), mas nem por isso entregou os colegas de subversão. E ainda ajudou os americanos a caçar nazistas quando a Alemanha entregou os pontos.

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    Agnès Humbert

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    Editora Nova Fronteira, 319 páginas, R$ 39

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    O DIÁRIO DE RUTKA

    Às vésperas de ser mandada para o campo de concentração de Auschwitz, onde morreria numa câmara de gás em 1943, a adolescente polonesa Rutka Laskier redigiu um diário curto, tipo agenda – típico das meninas da sua idade. Obrigada a viver no gueto judaico de Bedzin, distraía-se do horror em volta escrevendo frivolidades sobre as amigas e seus amores platônicos – que não eram poucos. Mas não deixou de descrever as restrições e o assombro dos judeus, cada vez mais encurralados, e a angústia de quem tem a morte diante de si. Além do diário, o livro traz um posfácio generoso, com um resumo da história dos judeus na Polônia, as manifestações anti-semitas que persistiram no país após o fim da guerra e uma explicação sobre como se formou o iídiche, o dialeto judeu que combina alemão antigo e hebraico.

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    Rutka Laskier

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    Editora Rocco, 83 páginas, R$ 19

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    UMA MULHER EM BERLIM

    Se os nazistas foram terríveis com judias e estrangeiras, a vida das alemãs na Berlim de 1945 também não foi moleza. Com a derrota nazista e a chegada do Exército russo à cidade, as moças tiveram que se virar para evitar o pior. Mas o pior invariavelmente acontecia. Pelotões russos movidos a vodca não perdiam oportunidade para descontar nas derrotadas os meses de abstinência sexual e a fúria contra qualquer um que falasse o idioma de Hitler. O diário de uma berlinense anônima, testemunha e vítima desses últimos dias da guerra, revela um cotidiano de estupros, medo e vergonha. A própria autora passa a explorar o sexo como ferramenta de proteção, atraindo oficiais para a cama – e para a escada, e para o sofá – a fim de evitar a violência. “Tudo isso devemos ao führer”, comenta ela.

    Autora anônima

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    Editora Record, 285 páginas. R$ 40

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