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Selêucidas

Herdeiros do conquistador Alexandre, foram o último povo a organizar suas forças armadas segundo a tradição militar grega

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 fev 2013, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 18h17
  • Tiago Cordeiro

    Eles não foram apenas herdeiros dos territórios conquistados por Alexandre, o Grande. Assumiram em seu lugar a missão de helenizar o mundo, levando a cultura grega às quebradas mais distantes daquele gigantesco império. Com a morte do general macedônio, em 323 a.C., os selêucidas passaram a controlar uma vastidão territorial que ia da Grécia até a Índia. Obviamente, não era fácil manter unido um império desse tamanho todo. Primeiro, porque sob a égide de um só soberano viviam sírios, judeus, armênios, persas, hindus e muitos outros povos. Depois, porque o Oriente Médio era inteiro uma frente de batalha. Resultado: as fronteiras mudavam de lugar a cada instante.

    Esse cenário obrigava os selêucidas a manter uma enorme – e muito bem azeitada – máquina de guerra. A tecnologia dominada por eles era a mesma dos exércitos de Alexandre. Traziam em seu DNA a tradição militar grega. A infantaria selêucida, por exemplo, era formada pelos mesmos soldados hoplitas que compunham as lendárias falanges espartanas. “Desde o século 7 a.C. os gregos lutavam de forma compacta, usando os escudos para formar um paredão e lanças para atingir o inimigo”, diz o arqueólogo britânico Nick Sekunda, professor do Instituto de Arqueologia e Etnologia de Torun, na Polônia, e especialista em história militar grega. “Os selêucidas foram o último povo a manter um exército profissional que preservava essa tradição.”

    Disputas de poder, somadas à dificuldade para administrar um território tão vasto, levaram o Império Selêucida a um rápido enfraquecimento. Em meados do século 2 a.C., ele já estava restrito à região da atual Síria e das terras de Canaã. Um pouco mais tarde, entre 165 a.C. e 162 a.C., ocorreriam as batalhas de Emaús, Bete-Zur e Bete-Zacarias, todas travadas contra os judeus e devidamente registradas no Velho Testamento (leia mais nas págs. 58 e 59). Quando os romanos finalmente conseguiram riscar os selêucidas do mapa, em 63 a.C., decidiram que os judeus até mereciam alguma autonomia. Mas transformaram a Síria em colônia administrada diretamente de Roma.

    1 MACABEUS 8:17-18
    Judas escolheu Eupólemo, filho de João, filho de Acor, e Jasão, filho de Eleazar, e os enviou a Roma para firmarem com eles um pacto de amizade e colaboração. Deviam pedir que os romanos lhes tirassem o jugo, pois viam que o reino dos gregos estava reduzindo Israel à servidão.

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    ARMADURA
    Era uma malha de ferro fixada sobre uma túnica de tecido. Podia pesar até 20 quilos, dependendo do tamanho do soldado, e resistia bem a estocadas, mas podia ser cortada com alguma facilidade.

    LANÇA
    Com cerca de 2,7 metros de comprimento, os selêucidas a chamavam de doru. Usada por vários soldados ao mesmo tempo (em formação de falange), tinha a função de ferir ou matar o maior número possível de combatentes da linha inimiga – atingindo na altura do peito dos adversários.

    CAPACETE
    Era de bronze, não muito diferente do modelo que se usava na Grécia séculos antes. Protegia a cabeça e o pescoço e tinha uma crista que representava a proteção dos deuses sobre a cabeça do guerreiro.

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    ESPADA
    Feita de ferro, com 60 centímetros de lâmina, a xifos se prestava sobretudo ao combate próximo. Em manobras de ataque, sua função era secundária: substituir uma lança perdida ou perseguir um inimigo.

    ESCUDO
    Chamado aspis, tinha 1 metro de diâmetro. Como era metálico (geralmente de bronze), podia pesar até 40 quilos. Nos avanços em bloco tinha função dupla: proteger das flechas e empurrar os adversários.

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