Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Sociedades desiguais faziam mais sacrifícios humanos, diz estudo

Em civilizações antigas, matar pessoas com motivações ritualísticas tinha muito mais a ver com manter o poder da elite do que com religião

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 7 abr 2016, 19h30

Civilizações antigas tinham rituais de deixar qualquer um arrepiado – como os sacrifícios humanos. Parece uma violência sem sentido, certo? Bem, por mais estranho que pareça, havia um sentido. E bem mais cruel do que você imagina: mostrar aos mais pobres, que eram os alvos dos sacrifícios, quem mandava ali. Não à toa, quanto mais desigual era a sociedade, mais comuns eram esses rituais.

Mas ninguém aceitaria numa boa, se não houvesse uma desculpa razoável. Por isso, ao que tudo indica, os donos do poder usavam motivos religiosos como justificativa para seguir as matanças. Enquanto, na verdade, o único interesse era manter o status quo – e os líderes na sociedade.

É o que arqueólogos neozelandeses concluíram após analisarem 93 sociedades antigas da Austrália, Polinésia e Nova Zelândia. Eles identificaram 20 comunidades igualitárias, familiares e sem classes e outras 27 estratificadas – ou seja, formadas por uma elite bem estabelecida no poder e outras camadas sociais mais baixas.

E eles perceberam que apenas 5 das sociedades igualitárias praticavam sacrifício humano, enquanto entre as desiguais o número subia para 18. Concluíram, então, que os sacrifícios, ainda que tivessem alguma motivação religiosa ou espiritual, serviam na prática para manter a desigualdade, justificando e fortalecendo o poder das elites.

Entre as formas de sacrifício catalogadas pelos arqueólogos, as mais comuns eram esmagar a pessoa sob um barco recém-construído ou atirá-la de uma nova construção para, depois, decapitá-la. Isso foi lido pelos cientistas como uma forma de a elite demonstrar o seu poder. É como se quem estivesse no comando dissesse “ei, não mexa comigo e fique bem quietinho, porque o próximo a ser esmagado sob esse barco que eu construí pode ser você”. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.