Tóquio, em japonês, significa metrópole oriental. E, de fato, com seus 8,5 milhões de habitantes, a capital japonesa merece o nome que tem. O problema é que essa gente toda tem de caber em irrisórios 592 km2 ou 6 cm2 por pessoa (Londres, por exemplo, tem quatro vezes mais espaço para cada um de seus 6,7 milhões de habitantes). A fim de desafogar a metrópole, os japoneses resolveram mergulhar de cabeça numa solução ousada: fazer uma cidade para 1 milhão de pessoas, a 120 quilometros a sudeste de Tóquio em pleno mar do Japão. A Cidade Oceano, como já é chamada, será feita de aço e sustentada por 10 mil colunas hidráulicas, que acompanharão o sobe-desce das marés.
Terá quatro níveis de 20 metros (o equivalente a cinco andares) cada, no topo dos quais funcionará um aeroporto. Quase a metade da área será destinada a habitação. Será também uma cidade típica do século XXI, quando, aliás, ficará pronta. Ou seja, totalmente informatizada. O sistema de transporte público, à base de carros elétricos, funcionará com cartões magnéticos: assim que o usuário puxar o freio de mão do veículo, as baterias começarão a ser recarregadas e a conta da energia gasta será acrescida ao imposto. O custo da Cidade Oceano é uma pechincha: 200 bilhões de dólares.