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Três notícias sobre… Vikings

Criança sueca tropeça em espada milenar em um lago. Barco viking é encontrado enterrado a 50 cm de profundidade. E um porto nórdico é cancelado pelo aquecimento global – versão Idade Média.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 nov 2018, 17h20 - Publicado em 30 nov 2018, 17h03

1. Rainha Arthur

Saga Vanecek, 8 anos, brincava em um lago em Tånnö, na Suécia, quando pisou em algo rígido no leito. Era uma espada de 1,5 mil anos – arqueólogos do museu Jönköpings Läns suspeitam que ela seja anterior à era viking. Após o incidente, outros artefatos históricos, como um broche e uma moeda, emergiram do mesmo lago – que ficou mais raso neste verão graças às temperaturas recordes.

Vanaceck narrou sua história ao jornal inglês The Guardian, e uma repórter transformou o relato em um texto em primeira pessoa, que você pode ler aqui (naturalmente, está em inglês). Um trecho: “eu tive que dar a espada para o museu local – papai me explicou que era importante dividi-la com os outros. Eu me senti ‘buá!’ que fiquei sem a espada, mas ‘eba!’ que outras pessoas poderão vê-la. Eu estou juntando um dinheiro para fazer uma réplica da espada que possa ficar comigo.”

2. Navio fantasma

Arqueólogos encontraram um barco viking de 20 m enterrado a apenas 50 cm de profundidade em Østfold, no sudeste da Noruega. Ele foi detectado com um radar de alta resolução, sem auxílio de escavações. Para evitar danos, não há planos de desenterrá-lo. A embarcação é parte de um suntuoso cemitério, que guarda os corpos de guerreiros vikings influentes.

Só há outros três navios militares dessa época preservados no país, o que torna o achado particularmente valioso. Era uma tradição viking enterrá-los junto de líderes e pessoas importantes. Na época em que o cemitério foi construído, havia um morro de terra artifical cobrindo a embarcação. Esse morro foi nivelado há muito tempo, o que explica porque hoje a relíquia está tão próxima à superfície.

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3. Porto cancelado

Entre 950 e 1250, uma onda de calor varreu a Europa. As geleiras do arquipélago de Lofoten, norte da Noruega, derreteram e escoaram, aliviando o peso sobre as ilhas – que subiram alguns centímetros. Com a mudança, corpos d’água que originalmente davam acesso ao mar foram cercados de terra e viraram lagos – e os vikings começaram a perder seus portos e estaleiros.

“Bem perto do final da Era Viking, nós ainda estamos tentando cravar a data exata, você vê os estaleiros sendo abandonados”, afirmou em comunicado oficial o geólogo Nick Balascio, que participou do estudo. “Eles estavam se realocando para outra parte da costa, porque o nível do mar estava abaixando.”

 

 

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