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Um meteoro mudou o destino do cristianismo?

Entrevistamos o astrônomo William Hartmann, que acredita que São Paulo - o maior responsável pela popularização da fé cristã - pode ter se convertido depois de observar a queda de um meteoro

Por Marcos Ricardo dos Santos
Atualizado em 31 out 2016, 19h05 - Publicado em 5 out 2015, 21h35

Qual é a sua hipótese?

Alguns eventos astronômicos recentes mostram que a reação a meteoros é muito semelhante a relatos registrados em documentos antigos. Na Bíblia, no Livro dos Apóstolos, há três descrições de uma luz brilhante “vinda do céu”, que teria ocorrido na década de 30 d.C. na Síria. Os detalhes são muito parecidos aos relatos de bolas de fogo resultantes das quedas de meteoritos em Chelyabinsk (em 2013) ou Tunguska (em 1908). Entre as coincidências mais impressionantes e inesperadas está a descrição de uma cegueira temporária relatada por São Paulo na Bíblia que se parece com os sintomas de uma condição física hoje conhecida como fotoqueratite ou cegueira da neve.

O que deve ter acontecido nesse dia?

Imagino que Saulo (nome original de Paulo) estava a caminho de Damasco com seus amigos para prender os adeptos da nova religião cristã. Quando estavam entre 37 e 64 km de Damasco, testemunharam uma bola de fogo no céu durante o dia, entre duas a dez vezes maior que o Sol. A maioria do grupo fechou os olhos para evitar a intensa claridade (como as pessoas fazem também nos episódios recentes). Saulo manteve os olhos abertos e achou que estava recebendo uma mensagem divina, confundindo o barulho do meteoro com a voz de Deus.

O que explica o milagre bíblico de voltar a ver?

Paulo manteve os olhos abertos e ficou temporariamente cego. Impressionado com um evento tão raro (que ocorre uma vez a cada cem anos), ele se converteu ao Cristianismo, passando a usar o nome de Paulo. Dois dias depois, Paulo recuperou a visão. Era um milagre. Ele descreveu que caíam escamas de seus olhos, algo que conhecemos hoje como escamação epitelial, um dos sintomas da fotoqueratite.

 

Fonte: Chelyabinsk, Zond IV, and a possible first-century fireball of historical importance, William Hartmann

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