Se estiverem certas as previsões dos especialistas que se reuniram recentemente em Londres, o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida voltará a se ampliar consideravelmente em setembro deste ano depois de ter diminuído em 1988 em relação a 1987.Mas o aumento agora previsto não quer dizer que ultimamente o homem tenha despejado na atmosfera uma quantidade ainda maior de CFC (clorofluorcarbono), o gás usado em sprays, refrigeração e embalagens, principal responsável pela destruição da camada de ozônio.Acontece que os efeitos da poluição química sobre a Antártida dependem da circulação dos ventos.
As massas de ar de outras partes da Terra, portadoras de grandes quantidades de substâncias químicas (entre elas o CFC), são atraídas durante o inverno pelos ventos fortes que giram em círculos sobre a Antártida.No início da primavera, em setembro, os raios ultravioleta do Sol quebram as moléculas do CFC e o cloro liberado destrói o ozônio.Segundo concluíram os especialistas, nos anos em que a camada de ozônio não é muito prejudicada, como acontece em 1988, ela própria ajuda a absorver a radiação solar.E a atmosfera assim aquecida funciona como o agente que atacará o ozônio no ano seguinte- o que pode acontecer agora em 1989