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Como se despolui um rio?

Bruno Vieira Feijó Existem diversas maneiras, mas, infelizmente, todas são caras e só funcionam a longo prazo. A despoluição do Tâmisa, na Inglaterra, por exemplo, levou 150 anos. A limpeza do Reno, que nasce na Suíça e deságua no mar do Norte, custou 20 anos de trabalho. “E, mesmo assim, comparar a despoluição desses rios […]

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Atualizado em 31 out 2016, 19h05 - Publicado em 28 fev 2005, 22h00
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  • Bruno Vieira Feijó

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    Existem diversas maneiras, mas, infelizmente, todas são caras e só funcionam a longo prazo. A despoluição do Tâmisa, na Inglaterra, por exemplo, levou 150 anos. A limpeza do Reno, que nasce na Suíça e deságua no mar do Norte, custou 20 anos de trabalho. “E, mesmo assim, comparar a despoluição desses rios com a do Tietê, em São Paulo, não é o mais correto”, explica Hebert Andrade, analista ambiental. Tanto o Tâmisa quanto o Reno deságuam no mar. Uma vez interrompido o lançamento de dejetos, a natureza cuida do resto. O Sena, na França, também facilitou o trabalho da equipe de limpeza. O rio tem mais água e profundidade que o Tietê, o que também ajuda no processo. Ao rio paulistano sobra a solução mais complexa: uso de máquinas pesadas (dragagem), coleta eficiente de esgoto e conscientização da população para evitar que a sujeira seja jogada na rua e acabe indo parar no rio.

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    Os primeiros passos para a limpeza do Tietê estão sendo dados pelo governo do estado de São Paulo desde 1992. A idéia era que o rio estivesse completamente limpo e navegável em 2010, mas, mesmo com a parafernália funcionando a todo vapor, os ambientalistas acham a previsão exageradamente otimista. Para eles, o mais provável é que o rio só esteja totalmente recuperado lá por 2015.

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    DRAGAGEM

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    Onde é usada: rios grandes

    Como é: Uma embarcação com bombas de sucção retira camadas de sujeira, destruindo as “placas” que se depositam no fundo do rio. O material recolhido é transportado, através de tubulações, até um bota-fora, próximo à margem do rio. Quando há excesso de lodo, usa-se uma ferramenta “fatiadora”, que parte esses resíduos e torna a secção mais fácil

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    FLOTAÇÃO

    Onde é usada: rios menores

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    Como é: A técnica, patenteada por um brasileiro, efetua a separação físico-química dos poluentes por meio de substâncias jogadas na água (sulfato de alumínio e polieletrólito). Essas substâncias têm efeito coagulante e fazem as partículas sólidas (sujeira) flutuarem. Para que os fragmentos não afundem, um equipamento injeta oxigênio no fundo do rio (aeração). Parte do lodo é desidratado e devolvido à natureza

    GRADEAMENTO

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    Onde é usada: rios e estações de tratamento

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    Como é: Grades metálicas são colocadas na parte rasa do rio e retêm materiais grosseiros, como garrafas plásticas, papéis e pedaços de vidro, trazidos pela chuva. As grades, dotadas de um interceptor, abrem e fecham de acordo com as características físicas dos objetos que devem ser encarcerados. Mais tarde, o material é lançado em uma caçamba de lixo

    TÉCNICAS NUCLEARES

    Onde é usada: lagoas e reservatórios

    Como é: Um radioisótopo (átomo radioativo) pode ser usado para mapear o trajeto e a quantidade de poluentes na água e na terra. A radiação emitida pelo radioisótopo penetra nesses materiais e os torna facilmente detectáveis por aparelhos especiais, mesmo em quantidades muito pequenas. Um exemplo é o monitoramento de gases originados da queima de combustível fóssil

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