O passado remoto da Amazônia parece ser um assunto quase tão polêmico quanto a sua ocupação nos anos recentes. Pesquisadores americanos acabam de pôr mais lenha nessa fogueira ao sustentar que no início do Quaternário, há 40 mil anos, a região abrigou, por períodos intermitentes, um lago colossal, que cobria desde onde hoje é o Acre até o Pará. Os depósitos sedimentares dessa época, segundo os pesquisadores, mostram que as correntes fluviais se dirigiam para o interior do continente, em vez de desaguar no oceano. Há também quem diga que a região era fria e úmida e que as espécies tropicais encontravam refúgio em alguns pontos das terras baixas.
O geógrafo Aziz Ab’Saber, da Universidade de São Paulo, discorda enfaticamente dos americanos. Para ele, “não existia na Amazônia um grande lago no Quaternário mas sim uma infinidade de rios e lagos”. Ele explica que, durante as glaciações, o clima se tornou mais seco e frio. Formaram-se grandes extensões de savanas pontilhadas por florestas. Esse ambiente serviria de estrada natural para as andanças do homem nesta parte do mundo – se é que, como se supõe, já havia gente por aqui há tanto tempo.
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