Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Guia verde politicamente incorreto

Nem ecochatos nem ecocéticos. Não existem verdades absolutas na sustentabilidade. Há sempre alguma sujeira escondida debaixo do tapete - e soluções em lugares que ninguém esperava

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 15 jan 2012, 22h00

Maurício Horta

A chapa esquentou. Quando o assunto é aquecimento global, o mundo agora se divide entre ecoradicais e ecochatos – cada um defendendo seu lado com unhas, dentes e as mais novas pesquisas científicas. De um lado estão os ambientalistas radicais. Para eles, o aquecimento global é responsável por todos os desastres naturais de que se tem notícia. É o caso da onda de calor de 2003, que matou 40 mil pessoas na Europa, e do derretimento da neve do Kilimanjaro, por exemplo. (Na verdade, a onda foi causada por uma anomalia na circulação de ar, e o Kilimanjaro já estava degelando desde 1953, graças a raios solares.) Do outro lado, ecocéticos querem limpar a barra dos seres humanos a qualquer custo. Argumentam, por exemplo, que a atividade vulcânica é mais decisiva para o aquecimento global do que as nossas ações – enquanto estudos avaliam que humanos emitem 135 vezes mais CO2 do que vulcões. No meio de tantos dados contraditórios, quem sai perdendo é a ciência. Neste nosso Guia Verde Politicamente Incorreto não queremos destruir boas intenções. Queremos apenas mostrar que não existem vilões ou mocinhos na sustentabilidade – e que todas as atividades têm um lado sujo por trás. Ou limpo. Ou sujo. Ou…

Falsos vilões

Cortar árvores, eliminar carbono, sacos plásticos: tudo isso faz mal para o planeta. Mas a história não acaba por aqui

A indústria do papel

Derrubar um campo de futebol de floresta equivale a emitir 500 toneladas de CO2. Mas reflorestar esse mesmo terreno para produzir madeira e papel limpa a atmosfera. A lógica é simples: ao crescer, a árvore absorve CO2, fazendo o famoso sequestro de carbono, que é armazenado na celulose usada para a produção do papel. No Brasil, a indústria de celulose emite 21 milhões de toneladas de CO2, mas as florestas plantadas de pinus e eucalipto sequestram 64 milhões de toneladas de CO2. Ou seja, essa conta dá superávit – a plantação limpa mais do que polui. E tem um detalhe, enquanto cresce, uma floresta capta muito mais CO2 do que quando chega à maturidade. Por isso, em termos de limpeza de carbono, é até melhor derrubar e plantar uma floresta nova do que deixar uma sempre de pé. Além disso, a indústria do papel garante que sempre exista uma cobertura de árvores em seus terrenos – afinal, mesmo quando ela está cortando um lote de floresta para produzir papel, há um outro que está de pé (e respirando) . E o melhor para a sua consciência é que o papel utilizado no Brasil não vem do desmatamento de mogno na Amazônia, mas da colheita de eucalipto e pinus de florestas plantadas no sul do país (veja quadro).

Mais limpo que sujo

Cortar árvores é ruim. Mas replantá-las o tempo todo limpa a atmosfera.

21 milhões de toneladas de CO2 é o que emite a indústria do papel.

64 milhões de toneladas de CO2 é quanto absorvem as árvores da mesma indústria.

É pinheirinho

Continua após a publicidade

Veja os estados que mais produzem papel no Brasil.

44% – São Paulo

21% – Paraná

19% – Santa Catarina

4% – Bahia

Continua após a publicidade

4% – Minas Gerais

8% – Outros*

O papel produzido na região Norte é usado em embalagens e papel higiênico para consumo local.


Fonte
Associação Brasileira de Celulose e Papel

Embalagens (de vegetais)

Sim, as embalagens são os vilões dos lixões. Mas, por outro lado, elas ajudam a evitar o desperdício de alimentos. (No Brasil, um terço da comida vai parar no lixo.) Veja como algumas embalagens em lugares certos podem ajudar.

3 a 14 dias a mais: é quanto duram pepinos se estiverem embalados por 1,5 grama de plástico.

Continua após a publicidade

27% menor – A perda de maçãs embaladas.

3% a mais é quanto dura a batata empacotada, porque evita o contato com a luz.

20% menor é a perda de uvas embaladas

Peixe – Apesar da lata de aço, o peixe enlatado tem uma pegada de carbono menor porque elimina a necessidade de refrigeração.

Fonte Morissons UK; Cucumber Growers Association

Pode andar de carro velho

Faz sentido comprar um carro pequeno que consome menos combustível e, consequentemente, libera menos carbono, certo? Nem sempre. Suponha que você quer trocar seu carro 1.0 que faz 10 km por litro de gasolina por um que rode 15 km. Primeiro, você tem de levar em consideração que produzir um carro novo gasta cerca de 7 toneladas de CO2. Afinal, até chegar às concessionárias, vai ter envolvido extração de minérios, transporte de matérias-primas e fabricação. E tudo isso gasta energia. Assim, você vai ter que andar 70 mil quilômetros com o seu carro novo para economizar as 7 toneladas de CO2 que você eliminou comprando o carro. Se você rodar 23 km por dia, essa quilometragem só será alcançada depois de 8 anos – e seu carro novo já estará velho de novo.

Continua após a publicidade

Pobres pássaros

Toda vez que há um derramamento de petróleo, os jornais ficam repletos de imagens aterrorizantes de pássaros cobertos de óleo. Mas a verdade é que a produção de energia não é a maior vilã das aves – fazemos coisas muito piores. Veja aqui os hábitos humanos que matam mais pássaros:

TUDO MATA

Mortes de aves ao ano, por categoria.

6 147 – Vazamento de óleo da British Petroleum.

270 mil – Geradores de energia eólica.

10 milhões – Gatos domésticos.

Continua após a publicidade

80 milhões – Carros comuns.

130 milhões – Fios elétricos.

550 milhões – Choques em prédios.

Fonte: American Wind Energy Association

Falsos mocinhos


Infelizmente, na sustentabilidade, não há soluções totalmente limpas. Até mesmo as ações que prometem salvar o ambiente podem não ser tão milagrosas assim


POR QUE BILL GATES NÃO GOSTA DA ENERGIA LAR

Instalar painéis solares no telhado das casas ou turbinas eólicas no topo de um prédio pode parecer legal. Mas eles são a resposta para fazer com que não dependamos mais do petróleo e de energias sujas? Não para Bill Gates. O dono da Microsoft e habitué da lista dos homens mais ricos do mundo sabe do que fala: parte dos US$ 36 bilhões que doa a organizações filantrópicas vai para tecnologias relacionadas à energia, principalmente a nuclear. O problema de Gates é com o excesso de atenção dado à energia solar. Energia a partir de painéis fotovoltaicos, por exemplo, custa o mesmo que energia atômica e é muito menos eficiente – e ainda assim governos topam subsidiá-la. E, por isso, falta dinheiro para o desenvolvimento de novas soluções energéticas que realmente poderiam transformar o planeta. “Mais de 90% dos subsídios vão para tecnologias que já existem, e não para a pesquisa. Com esse dinheiro, você consegue comprar todas as tecnologias antigas, mas nunca terá novas descobertas, que só vão vir com as pesquisas. Se não houver inovação, não teremos nada”, disse Gates em uma palestra dada em maio. Para piorar, a energia solar é muito melhor para países ricos do que pobres, porque depende de tecnologia cara e pouco disponível.

ESTAS PLACAS TAMBÉM POLUEM!

Obter energia elétrica a partir do sol tem um desafio intransponível – ela só está disponível durante o dia. À noite, é necessário o uso de baterias. Um estudo de Chris Cherry, professor de engenharia da Universidade do Tennessee, avaliou que o atual uso de energia solar na China e na Índia, associado a baterias de chumbo, traz o risco de liberar 2,4 milhões de toneladas desse metal pesado no ambiente – na mineração, na produção das baterias e em sua reciclagem. Até existem baterias que não usam chumbo em sua cadeia de produção – mas elas são caras e produzidas em pequena escala. Ou seja, só são usadas em países ricos. China e Índia ficam com com as baterias poluentes.

NEM TUDO QUE É BIO É OURO

DIESEL

O biodiesel é produzido a partir de etanol e óleo. Eis aí o primeiro problema. Sua produção ocupa uma grande área agrícola que poderia ser usada para plantar alimentos. Nos EUA, 24% da produção de milho vira etanol. (O economista Paul Krugman até chamou o etanol de “demônio”, por ter contribuído na alta dos preços de comida.) Mas e se os 2,5 milhões de toneladas de gordura animal obtidos em abatedouros todo ano fossem usados como combustível? O problema é que o sebo de melhor qualidade é comprado pela indústria farmacêutica, que paga mais. O que iria para o biodiesel tem mais impurezas e alta acidez.

DEGRADÁVEL

Plásticos biodegradáveis têm um problema – sua decomposição libera metano, que tem potencial de aquecimento global 20 vezes maior do que o CO2. Assim, se o plástico for parar num lixão, o metano vai direto para a atmosfera. (É o que acontece com 45,7 mil toneladas de lixo no Brasil.) Mesmo se as sacolas forem para aterros sanitários, o metano pode acabar no ar. Nos aterros, o lixo é coberto por terra todos os dias, mas os coletores de metano só são instalados quando setores inteiros dos aterros estiverem lotados. Ou seja, a instalação dos coletores pode demorar mais do que a decomposição do plástico – que, dependendo da temperatura e da umidade, pode começar em semanas.

Fonte
Levis, James e Barlaz, Morton; “Is Biodegradability a Desirable Attribute for Discarded Solid Waste?”

Seu adorável cãozinho

“Vida de cão” é só forma de dizer. Nossos cachorros têm vida melhor do que a de muita gente por aí. É só ver a ração que um cão médio come – e o impacto ambiental que essa comida gera:

O que faz a diferença

Se você quiser diminuir suas emissões, grandes sacrifícios não necessariamente levam a grandes resultados. Em 2008, por exemplo, a campanha “Lights Out” conseguiu mobilizar 27 cidades pelo mundo para que seus habitantes desligassem as luzes por uma hora. É claro que o objetivo era meramente simbólico – uma hora de luzes apagadas não acabaria com o aquecimento global. O resultado foi apresentado pela WWF como um sucesso: o evento teria economizado 10 toneladas de CO2. Mas isso é a metade das emissões anuais de um único cidadão americano. Ou seja, gestos simbólicos que precisam de grandes esforços trazem menos do que soluções bem pensadas. Aprenda aqui a pensar verde.

Economia burra – 1 tonelada de CO2 =

1. Pedir que 10 amigos desliguem a TV de LCD durante 3 horas todos os dias – A televisão tem uma pegada de carbono surpreendentemente baixa: são 88 g de CO2 por hora.

2. Deixar de falar no celular por 42 minutos diários

3. Deixar de consumir 3 garrafas de vinho por dia – Produzir 1 garrafa elimina 1 kg de CO2. São 385 g para produzir o vinho, 330 g para fazer a garrafa, e o restante para transporte e armazenamento.

4. Deixar de imprimir mil livros – A produção de um livro emite 1 kg de CO2.

5. Deixar de comprar 167 calças jeans novas – 6 kg de CO2 na produção de uma calça jeans.

6. Deixar de passar 39 785 camisas a ferro – 25 g de CO2 por camisa passada.

7. Mandar 57 amigos desligarem seus laptops 4 horas por dia – São 12 g de CO2 por hora.

8. Deixar de comprar 87 pares novos de sapatos – São emitidos 11,5 kg na produção de cada par, em média.

Economia inteligente – 1 tonelada de CO2 =

1. Deixar de fazer uma viagem de são paulo a miami na classe econômica Libera 1,17 tonelada de CO2.

2. Usar lâmpadas econômicas no lugar de incandescentes em duas casas – Cada troca de lâmpada economiza 410 g de CO2 por ano.

3. Comer 185 g de carne de frango em vez de 185 g de carne bovina por dia

4. Comprar dois laptops em vez de dois desktops – Produzir um desktop emite 4 vezes mais carbono do que um laptop.

5. Reciclar 10 latinhas de alumínio por semana

6. Trocar o chuveiro elétrico por um a gás (Em uma casa de 3 pessoas, com banhos de 10 minutos.)

7. Trocar o carro por ônibus em 18 viagens entre rio e são paulo – Uma pessoa sozinha em um carro elimina quase 7 vezes mais carbono.

8. Trocar 8 km diários de carro por transporte público – Andar de ônibus é 4 vezes mais limpo.

Fonte How Bad Are Bananas?, Mike Berners-Lee

Reciclar é só parte da solução

O lixo é um grande problema da sustentabilidade. Literalmente: todos os anos, cada brasileiro produz 385 kg de resíduos – dá 61 milhões de toneladas no total. O certo seria tentar diminuir ao máximo essa quantidade de lixo. Ou seja, em vez de ter objetos recicláveis, o ideal seria produzir sempre objetos reutilizáveis, o que diminui os resíduos. Mas, enquanto isso não acontece, temos que nos contentar com a reciclagem. E é aí que vem um detalhe perigoso: reciclar o lixo também polui o ambiente e gasta energia. Reciclar vidro, por exemplo, é 15% mais caro do que produzi-lo a partir de matérias-primas virgens. Afinal, é feito basicamente de areia, soda e calcário, que são abundantes na natureza. Então, nenhuma empresa tem interesse em reciclá-lo. Já o alumínio é um supernegócio, porque economiza muita energia. Veja aqui quais são os materiais melhores para reciclar.

Alumínio

A reciclagem de alumínio é a mais favorável para o ambiente. A cada tonelada de metal reciclado, 13,6 toneladas de carbono deixam de ser eliminadas.

96% de economia de energia.

13,6 t de CO2 por 1 t de alumínio: é a economia de emissão de carbono.

1º 97% – Quanto de latinhas de alumínio se recicla no Brasil.

Aço

O aço é uma grande questão: sua produção libera 25% das emissões industriais de CO2 do mundo. E isso mesmo sendo o material mais reciclado em números absolutos!

67% de economia de energia.

3,7 t de CO2 por 1 t de aço: é a economia de emissão de carbono.

2º 70% – Quanto de aço se recicla no Brasil.

Pet

A matéria-prima do plástico, o petróleo, ainda é abundante e relativamente barata, o que torna alguns processos de reciclagem mais caros do que o plástico virgem.

76% de economia de energia.

1,7 t de CO2 por 1 t de PET: é a economia de emissão de carbono.

3º 56% – Quanto de plástico PET se recicla no Brasil.

Vidro

O vidro reciclado custa mais do que o vidro de matéria-prima – ou seja, é mais difícil encontrar empresas interessadas em reciclá-lo. O melhor então é usar embalagens de vidro retornáveis.

21% de economia de energia.

0,3 t de CO2 por 1 t de vidro: é a economia de emissão de carbono.

4º 47% – Quanto de vidro se recicla no Brasil.

O plástico é um problema

A dificuldade de reciclar plástico é que há 7 categorias diferentes, cada uma com um polímero. Ou seja, misturou, perdeu. Veja os campeões de reciclagem.

54% pet – Garrafas de refrigerantes, de óleo e de vinagre.

12,7% PEAD – Engradados, garrafas de álcool e de produtos químicos.

15,1% PVC – Tubos para água, calçados, cabos elétricos.

13,2% PEBD – Embalagens de alimentos, sacos industriais e sacos de lixo.

Fontes Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro; Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre); Associação Brasileira de Alumínio; Associação Brasileira da Indústria do PET; Plastivida; US Environmental Protection Agency; Johnson, Reck, Wang, Graedel “The Energy Benefit of Stainless Steel Recycling”

3 nãos sobre os orgânicos

Eles não usam fertilizantes sintéticos e pesticidas e respeitam o bem-estar animal. Mas também têm seu lado negativo.


NÃO É TÃO VERDE

O leite orgânico, por exemplo.

Ele precisa de 80% mais área para ser produzido.

Tem potencial 20% maior para contribuir com o aquecimento global. – Vacas no pasto soltam 4 vezes mais metano do que as que comem ração.

Contribui 70% mais para a chuva ácida.

Libera 60% mais nutrientes na água.

NÃO É MAIS NUTRITIVO

Analisando 50 anos de literatura sobre o assunto, Alan Dangour, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, concluiu em estudo que não há prova suficiente para dizer que os orgânicos sejam mais nutritivos, e que eventuais diferenças “provavelmente não sejam de relevância alguma para a saúde”.

NÃO É PRODUTIVO

Os orgânicos precisam de área de cultivo maior. E isso gasta mais combustível no arado e sacrifica mais terra onde poderia haver mata nativa.

Pra baixo

Em quanto cai a produtividade nas culturas orgânicas:

Trigo: -53% (primavera)

Milho: -34%

China, líder verde

O mundo emitiu no ano passado 30,6 bilhões de toneladas de CO2. E um quinto disso veio da China, o maior emissor do planeta. Isso faz dela o grande vilão do ambiente? Em parte, sim – o país consome 48,2% do carvão do mundo, por exemplo. Mas isso esconde o fato de que nenhuma nação investe tanto em energia limpa quanto ela. Em 2010 foram US$ 54,4 bilhões, o que dá 0,55% do PIB – enquanto isso, o Brasil investe 0,35% do PIB e os EUA 0,23%. Por que isso? Não necessariamente por um compromisso moral. As razões são estratégicas. A China depende da importação de petróleo e gás natural, e suas reservas de carvão não vão durar mais que 40 anos. Não faz sentido para o país ficar vulnerável em relação a seus exportadores de combustíveis fósseis. Há mais um argumento a favor da China. Sim, seu mercado interno consome muita energia, mas um terço de suas emissões vem da produção de bens para exportação, segundo um estudo de 2009. É como se na prática outros países exportassem a emissão de carbono para a China. E não é só isso. A degradação do ambiente tem custo – em 2008, o governo chinês estimou que a economia cresceu um quarto a menos por causa da poluição do ar e da água e por perder área agricultável. Ou seja, a China sentiu que a poluição é ruim para os negócios – e, quando o assunto pegou no bolso, resolveu agir.

Grana verde

Quem gasta mais em energia renovável.

CHINA – US$ 54,4 bilhões

EUA – US$ 41,2 bilhões

ALEMANHA – US$ 34 bilhões

BRASIL – US$ 7,6 bilhões

Para saber mais

How Bad Are Bananas?

Mike Berners-Lee, Green Profile, 2010.

Cool It: The Sceptical Environmentalist¿s Guide to Global Warming

Bjorn Lomborg, New Edition, 2009.

Time to Eat the Dog?: The Real Guide to Sustainable Living

Robert Vale, Thames & Hudson, 2009

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.