Com cerca de 20 000 quilômetros quadrados – correspondente à área de Israel –, Bananal é a maior ilha fluvial do planeta. Situada entre os rios Araguaia e Javaés, no Estado de Tocantins, é também um dos mais importantes santuários ecológicos do Brasil. Transformada em área de preservação ambiental em 1959, só pode ser visitada com a autorização do Ibama. A ilha abriga o Parque Nacional do Araguaia e uma reserva indígena administrada pela Funai.
Vivem na ilha cerca de 12 000 brancos e 1 700 índios. A população convive com uma exuberante fauna, que inclui mamíferos como onças-pintadas, ariranhas, suçuaranas, cervos, cachorros-do-mato-vinagre, botos e preguiças. Entre as mais de 650 espécies de aves conhecidas na ilha, destacam-se araraúnas, uirapurus, tuiuiús, garças-moura, colheireiros e urubus-rei. E nos rios a diversidade não é menor: ali vivem jacarés-tinga, jacarés-açu, tartarugas-da-amazônia, jibóias e surucucus, além, claro, de peixes como tucunarés, pintados, arraias, poraquês, pirarucus e piranhas.
De clima tropical semi-úmido, com temperaturas médias de 22° C (em julho) a 38° C (de agosto a setembro), a ilha tem dois terços de sua área alagados. A vegetação reflete sua condição de área de transição entre a floresta amazônica e o cerrado, dois dos biomas com a maior diversidade biológica do planeta. Entre as espécies mais conhecidas estão a maçaranduba, o pau-terra, o pequi, a piaçava, a palmeira e as orquídeas.