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O aquecimento global está derretendo os polos?

O Ártico, sim. Mas na Antártida o gelo está até aumentando, graças a uma mãozinha do buraco na camada de ozônio

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h58 - Publicado em 6 abr 2012, 22h00

Texto Reinaldo José Lopes

Não resta a menor dúvida de que o polo Norte está derretendo. Imagens de satélite demonstram que a cobertura de gelo do Ártico vem diminuindo ininterruptamente nos últimos 30 anos. Na Antártida, porém, está acontecendo o contrário! Embora o planeta esteja cada vez mais quente, o gelo por lá não para de aumentar. E sabe quem os cientistas apontam como o benfeitor dessa história toda? Acredite: o buraco na camada de ozônio.

Há décadas se sabe que alguns dos rombos mais preocupantes estão concentrados no hemisfério sul, bem em cima do continente antártico. A novidade é o fato de que isso acabou favorecendo a formação de gelo. Quem descobriu foram os pesquisadores do SCAR – sigla em inglês para Comitê Científico de Pesquisa Antártica. Cruzando dados como temperatura média da água e índices de precipitação (chuva em forma de neve) registrados entre 1950 e 2009, eles concluíram que o aquecimento do oceano Antártico faz nevar mais sobre o continente gelado.

“Ao absorver a radiação ultravioleta que vem do Sol, o ozônio ajuda a esquentar a estratosfera, região atmosférica onde a camada de ozônio está localizada”, explica o glaciologista Jefferson Simões, da UFRGS. “Quando há menos ozônio disponível, a estratosfera esfria. E isso acaba dando mais força ao chamado vórtice polar, um gigantesco redemoinho que funciona como barreira para a circulação de ar em torno da Antártida”.

O vórtice polar, ao atuar como uma supermuralha de vento ao redor do continente, acaba isolando a Antártida das demais regiões do globo e faz que ela se mantenha sempre fria. É basicamente por isso que o gelo antártico, em especial o do interior do continente, ainda não começou a derreter em grandes quantidades. Por enquanto, a única área preocupantemente afetada na região é a península Antártica, aquela língua de terra e ilhas que se estende na direção da América do Sul. Por lá, 90% das geleiras recuaram, e já se sabe que a população de pinguins está em declínio.

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A tendência, porém, é de que o gelo logo comece a derreter em todas as outras regiões da Antártida também, justamente porque a humanidade parece ter sido capaz de reverter – ou pelo menos atenuar – o problema do ozônio. Tudo leva a crer que o buraco sobre o hemisfério sul está se fechando. E a situação na Antártida, com isso, vai ficar cada vez mais parecida com a do Ártico. A expectativa é de que, nas próximas décadas, os mares do norte fiquem inteiramente livres de gelo durante o verão – algo jamais registrado.

 

Não confunda

Quando quiser se referir ao conjunto de mazelas ambientais provocadas pelo homem, use o termo “mudança climática”, bem mais apropriado – e abrangente – que “aquecimento global”. O aumento da temperatura média do planeta é “um” dos fatores por trás de alterações do clima ou catástrofes naturais, e não “o” fator determinante.

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