Peixinho dourado com deficiência ganha ‘cadeira de rodas’ aquática
O peixinho Einstein vivia afundando no aquário por conta de uma doença na bexiga natatória — mas seu dono conseguiu dar um jeito na situação
O peixinho dourado Einstein tinha uma vida boa: contava com mais três colegas peixes; vivia num aquário grande; o dono, Leighton Naylor, de 32 anos, o alimentava direitinho. Mas aí, aos 4 anos de idade, Einstein desenvolveu uma doença comum entre os peixes da espécie, que fazia com que ele virasse de barriga para cima e afundasse no aquário – uma situação estressante para o peixe.
O dono, então, juntou algumas bugigangas que tinha largadas em casa e construiu uma espécie de “cadeira de rodas” aquática: um colete salva-vidas na medida do peixe, que evita que Einstein seja virado e afunde. O colete, feito de tubos de um antigo filtro do aquário, permite que Einstein nade, brinque e viva normalmente.
A doença de Einstein, conhecida como doença da bexiga natatória, é comum em peixinhos dourados. A bexiga natatória é um órgão que ajuda os peixes a manterem a profundidade pelo controle da densidade deles em relação à da água – mais ou menos como uma válvula de pressão dos submarinos. Quando a doença ataca, os bichinhos perdem essa capacidade de controle, geralmente acabam virando de barriga para cima e afundando.
“Partiu meu coração vê-lo daquele jeito, tão desesperado. Ele parecia deprimido, e eu podia ajudar”, contou Naylor ao Daily Mail. Levou três horas para fazer o colete, e mais um bom tempo para colocá-lo em Einstein, que logo de cara não gostou muito da ideia: no início, o peixinho, desacostumado, se prendia em todas as plantas do aquário, e nos companheiros, os também peixes dourados Pat, Frank e Blondie. Para ajudar ainda mais o bichinho, Naylor tornou o tanque mais “acessível”, tirando qualquer enfeite que pudesse atrapalhar o nado de Einstein.
Hoje, a vida do peixinho é praticamente a mesma de antes do colete – a única diferença é que Einstein não consegue alcançar a superfície e, por isso, precisa ser alimentado na boca, por um tubo que parece um canudinho de refrigerante. Naylor espera que o peixinho se adapte para valer à “cadeira de rodas”, já que, por causa da doença, agora ele vai precisar usá-la pelo resto da vida.