Prêmio Super: Banho de esperança

Denis Russo Burgierman

Desde 2002, a redação da Super tem um hábito: tomar seu banho anual de esperança. É quando abandonamos nossas rotinas em São Paulo para mergulhar no Brasil, em busca das melhores histórias de coragem e de luta pelo ambiente – os vencedores do Prêmio Super Ecologia. Quando o banho acaba, está todo mundo feliz pelas histórias que presenciou, orgulhoso por viver no mesmo país que tanta gente legal. É sempre assim, desde 2002.

Mas o banho de esperança é só a última etapa de um trabalho que começa em janeiro, quando chegam as primeiras inscrições. Em 2004, 247 projetos disputaram o prêmio de 5 mil reais e os 20 troféus em forma de formiga esculpidos em arame pela artista plástica catarinense Marinela Goulart. A decisão dos vencedores fica a cargo de uma comissão julgadora independente, escolhida todo ano entre os mais reconhecidos ambientalistas, pesquisadores e jornalistas especializados do país.

É aí que entram em cena nossos repórteres e fotógrafos. Em 2004, eles enfrentaram buracos na estrada, lixões, enjôo no mar, picadas de insetos, vôos precários e até apalpadelas nas partes íntimas (os índios queriam saber que diabos se escondia por baixo de tanta roupa). Embrenharam-se na mata e na indevassável burocracia governamental, pisaram em fezes humanas e em solos quase nunca tocados por sapatos – e comeram lagosta recém-tirada do mar, já que ninguém é de ferro. Tudo isso para contar as histórias que estão espalhadas pelas próximas 20 páginas. Que elas sejam um banho de esperança para você também.