Sabe esta revista que está nas suas mãos agora? Tem por aí mais outras 300 mil dela, ocupando 300 mil pares de mãos. Elas vão circular pelo Brasil e pelo mundo, e abastecer as mentes de pelo menos 1 milhão de leitores. São 3,5 milhões de pessoas que frequentam o site da SUPER todo mês, e outros 3,5 milhões que nos seguem no Facebook. Centenas de milhares nos acompanham no Twitter, no Instagram, baixam a revista digital, assinam o Dossiê SUPER, leem nossos livros, veem nossos filmes, jogam nossos jogos.
A SUPER não é uma revista – ela é uma comunidade formada por um monte de gente. A revista é só um dos lugares onde essa comunidade se encontra – provavelmente o mais importante desses pontos de encontro, mas ainda assim um entre tantos.
Este mês, por exemplo, a comunidade esteve reunida várias vezes. Quando pedimos ajuda para fazer a reportagem de capa desta edição, sobre mentira, mais de 10 mil pessoas responderam à pesquisa que gerou os dados que ilustram a matéria. Quando eu saí em busca de ideias para a revista, aqui mesmo na Primeira Página, duas edições atrás, quase 500 pessoas nos mandaram ideias de contos, infográficos e HQs (peço desculpas pela minha demora em responder – tá difícil dar conta do volume). Quando lançamos a edição passada, que trazia na capa a reportagem “Estupro – o mais acobertado dos crimes”, 300 mulheres espontaneamente nos mandaram suas histórias traumáticas – e muitas delas nunca tinham sido compartilhadas com ninguém.
A capa sobre estupro, aliás, foi um marco na trajetória desta comunidade. Um post que publicamos no Facebook no mês passado atingiu mais de 20 milhões de pessoas – um recorde para nós. Naquela semana, 10% da população brasileira foi impactada pela matéria.
A SUPER é uma comunidade imensa, e um caso raro no mundo. Em nenhum outro lugar uma publicação dedicada a disseminar conhecimento tem mais público que as revistas de fofocas. Para nós, isso é razão de orgulho, mas principalmente de gratidão. Eu e o time que trabalha comigo temos consciência do quanto somos sortudos – que privilégio é ter ao redor de nós uma comunidade tão imensa e tão interessante, de gente curiosa e instigada. Sabemos que não somos donos dessa comunidade – somos é servidores dela. Trabalhamos para esse monte de gente. É difícil imaginar um trabalho melhor.