É, sim. E ela não tem nada a ver com ufologia e outras pseudociências. A própria Nasa tem um instituto de astrobiologia – outro nome para a mesma disciplina, que une elementos de química, biologia e física. O que os exobiólogos da agência espacial americana e do resto do planeta fazem é analisar dados colhidos em missões espaciais à procura de ambientes favoráveis ao surgimento da vida. Mas esses cientistas não vivem apenas no mundo da Lua, não. Também há estudos com base em dados obtidos aqui mesmo na Terra. “Nos últimos anos, os exobiólogos têm se dedicado à investigação dos extremófilos, minúsculos seres que vivem em lugares inóspitos do nosso planeta, como nos pólos, no interior de rochas e em águas superaquecidas”, diz o historiador Eduardo Dorneles Barcelos, pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia, em Brasília, especialista em exobiologia.
A lógica em estudar esses seres terráqüeos é simples: se organismos acabam surgindo aqui em ambientes sem luz solar e em temperaturas demasiadamente altas ou baixas, é bem possível que eles já tenham aparecido em planetas e satélites naturais que só ofereçam condições iguais. Europa, a lua de Júpiter que pode conter um oceano subterrâneo, é candidata a abrigar organismos como esses. Junto com Marte e outros corpos celestes, ela está na mira dos exobiólogos. Como nos últimos anos já foram detectados quase cem planetas fora do sistema solar, não vai faltar trabalho para esses cientistas daqui para a frente.
Como a ciência busca por inteligência extraterrestre?