Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Como a rede online do PlayStation foi hackeada?

Em 17 de abril, a PlayStation Network sofreu um golpe coordenado. Máquinas zumbificadas teriam disparado milhões de solicitações à rede, até derrubá-la, ou um esquadrão cracker* teria atacado seus servidores* até vencer suas defesas. A Sony, porém, refuta ambas as hipóteses. Uma vez na rede, os criminosos acessaram dados de mais de 77milhões de usuários: […]

Por Jocelyn Auricchio
Atualizado em 22 fev 2024, 10h49 - Publicado em 22 jul 2011, 20h16
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em 17 de abril, a PlayStation Network sofreu um golpe coordenado. Máquinas zumbificadas teriam disparado milhões de solicitações à rede, até derrubá-la, ou um esquadrão cracker* teria atacado seus servidores* até vencer suas defesas. A Sony, porém, refuta ambas as hipóteses.

    Publicidade

    Uma vez na rede, os criminosos acessaram dados de mais de 77milhões de usuários: endereços, senhas, número do cartão de crédito… Há suspeitas de que a Sony não usava firewall* e não havia atualizado o software do servidor, deixando várias brechas de segurança, mas a empresa nega.

    Publicidade

    A primeira reação da companhia foi desativar o servidor atacado e cortar sua conexão com outros. Um firewall teria sido instalado e, após uma auditoria e uma análise da rede, o software foi reinstalado. Pressionada pelo FBI e pela legislação sobre cibercrimes dos EUA, a marca teve de vir a público dar explicações.

    Em 15 de maio, após dez dias de quarentena e checagens nos dez servidores globais, a PSN foi religada – e novamente houve ataques. Supõe-se que eles tenham sido causados por códigos maliciosos plantados durante a invasão anterior. Mais 24,6 milhões de contas roubadas foram descobertas.

    Publicidade

    No dia 24 de maio, o crime contaminou outras marcas, como a Sony Ericsson no Canadá e a Sony Music do Japão e da Grécia. Até o fechamento desta edição, a PSN ainda estava instável em serviços como a loja virtual e o sistema de autenticação de conteúdo digital. Mas não há mais relatos de ataques à rede.

    Continua após a publicidade

    Atualmente, a Sony emprega quatro empresas de segurança paravasculhar cada linha de código de seus servidores e exterminar qualquer traço de software suspeito.Atualizou sistemas, implantou firewalls reforçados e chamou FBI e agências privadas para averiguaro caso. A lista de suspeitos, até agora, é curta:

    Publicidade

    a. O grupo hacker* Anonymous,que já chegou a recusar publicamente a autoria da façanha. (Roubar dados não éaceito pelo código de ética hacker.) Ainda assim, uma facção aparentemente dissidentefoi desbaratada na Espanha, onde três foram presos por suposto envolvimento na invasão.

    b. Em busca de fama, grupos de hackers e crackers assumiram o crédito da empreitada e fi zeram ameaças diretas à Sony. Um deles, o Lulz Security, prometeu aniquilar a empresa japonesa.Mas ainda não há provas de que eles realmente foram os responsáveis

    Publicidade

    A Sony está tentando aplacar a ira dos consumidores oferecendo grátis doisgames para PS3 e PSP (de uma lista de cinco para cada sistema), além de seguro grátiscontra roubo de dados e um mês de assinatura premium (que inclui acesso a conteúdosexclusivos, entre outros benefícios).

    Continua após a publicidade

    A Sony teria atraído a ira dos hackers após processar um deles, o americano George Hotz, figura célebre na comunidade

    Publicidade

    *CIBERGLOSSÁRIO

    Entenda os jargões do universo hacker

    CRACKER

    Continua após a publicidade

    Hacker “do mal” – aquele que usa seuconhecimento digital parainvadir sistemas avançados eobter vantagens financeiras

    HACKER

    Aquele que desvenda os segredos deprodutos ou empresas, mas movido apenas por curiosidadee satisfação pessoal

    FIREWALL

    Continua após a publicidade

    É uma proteção contra invasões. Não há firewallinfalível contra um ataquemaciço, mas ele pode garantirtempo para que a empresaatacada reaja

    MÁQUINA ZUMBIFICADA

    Computadores de gente comum, mas sem antivírus, controladosremotamente por criminosossem que o dono perceba

    SERVIDOR

    Continua após a publicidade

    Programa que gerencia a entrega dedados, indo atrás de cadalink clicado e mostrando oque o usuário quer acessar

    Os governos inglês e australiano ameaçaram processara Sony. No Brasil, a Secretaria de DireitoEconômico quis saber o tamanho doestrago.

    O Lulz Security tá bombando: já invadiu aCIA, o senado dos EUA e se uniu ao Anonymous para atacar bancos e agências governamentais.

    FONTES Fabio Assolini, analista de malware especializado em ameaças virtuais da Kaspersky Lab, hackers L33TSeekah e S4C33,

    assessoria da Sony, e sites CBC, VeraCode, The Tech Herald, Daily Top News, Langfi eld Entertainment, eWeek e Annops

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.