Como é feito um cabelo dreadlock?
Conheça o passo a passo para ter uma cabeleira como a de Bob Marley
Com mechas de cabelo embaraçado, que são enroladas várias vezes até que fiquem cheias de nós. Esse é o jeito “moderno” de fazer dreadlock. Antigamente, o visual era mais natural: como não lavavam seus longos cabelos crespos, alguns povos africanos tinham dreads embaraçados naturalmente. Mas ele ficou mais famoso na Jamaica, graças ao rastafári, religião afro-caribenha que proíbe que os seguidores cortem ou penteiem os cabelos. Bob Marley foi um dos adeptos.
O dreadlock atual é um estilo de cabeleira que nada tem a ver com falta de higiene. Hoje, é possível fazê-lo em qualquer tipo de cabelo, que pode ser lavado normalmente.
1) Separe o cabelo em várias mechas e penteie cada uma delas no sentido contrário, em direção à cabeça, para desfiar e embaraçar os fios. É bom usar um pente fino de aço, que não quebre à medida que o cabelo embaraça. Até aqui, a técnica leva o nome de backcombing e já rende um visual legal, que pode ser desfeito com muita água morna e condicionador.
2) Feita a maçaroca, enrole as mechas para fazer um “tubo” de cabelo com cada uma delas. Depois, use o pente no sentido contrário ao do enrolar para embaraçar mais um pouco. Repita esses passos algumas vezes, até ficar bem firme.
3) Para os nós do cabelo não soltarem, espete uma agulha de crochê na mecha e puxe os fios. Com essa técnica, chamada de “dread needle”, o tufo fica mais coeso e só sai cortando o cabelo na raiz.
FEITO EM CASA
Algumas pessoas usam técnicas mais caseiras (e radicais) para fazer uma “trança terrível”.
Cera de abelha
Depois de desfiar e embolar o cabelo, aplica-se a substância (há versões industrializadas) para manter os tufos unidos. O ruim é que ela atrai sujeira.
Clara de ovo com sabão
Imagine jogar isso na cabeça e deixar secar? Há quem utilize a mistura como fixador artesanal. Mas não é muito higiênico.
FONTES Klebão, cabeleireiro do estúdio DreadMaker (dreadmaker.com), livro O Eterno Verão do Reggae, de Carlos Albuquerque, e artigo Repensando a História: Visual Dreadlocks, publicado no 5o Simpósio Internacional do Centro de Estudos do Caribe no Brasil