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Como e por que as pessoas envelhecem?

O envelhecimento varia de pessoa para pessoa, mas veja quais são as mudanças mais comuns entre os 25 e os 80 anos de idade

Por Suzana Paquete
Atualizado em 22 fev 2024, 11h09 - Publicado em 18 abr 2011, 18h51

Todas as células do corpo humano nascem com um tempo de vida determinado. É como se nelas existisse uma espécie de relógio, que determina a capacidade daquele organismo de viver. Mas a velocidade com que os ponteiros andam depende da herança genética de cada um e da influência de fatores externos.

“A exposição a fatores de risco, como obesidade, má alimentação, sedentarismo e stress, acelera o processo de envelhecimento”, diz a geriatra Maristela Soubihe, diretora da Conte Comigo, empresa que presta assistência a idosos e pessoas com dependência, em São Paulo. O avanço da medicina tem ajudado a atrasar um pouco esses reloginhos, até mesmo os daquelas pessoas que já nascem com alguma predisposição a problemas de saúde.

Um bom exemplo são os diabéticos, que morriam mais cedo há algumas décadas simplesmente porque não havia um conhecimento sólido sobre a doença nem tantos remédios como existem hoje. Mas também não adianta tentar esticar a linha do tempo além do que o corpo agüenta. Por mais que médicos e cientistas invistam em pesquisas nas próximas décadas, sonhar em viver até os 150 anos, por exemplo, parece uma meta quase impossível de ser alcançada.

Hoje, o limite conhecido está na casa dos 120 anos. Após essa idade, os ossos já estão fracos, o pâncreas pára de produzir insulina e os tecidos se deterioram – a ponto de transformar células boas em células cancerígenas. Mesmo sem doenças, o organismo morre por “esgotamento”. É claro que existem aqueles velhinhos que, de tão fortes, fogem de infecções, passam por acidentes, cirurgias e se recuperam em pouquíssimo tempo.

Cada organismo tem sua capacidade e as doenças podem ser mais agressivas em uma pessoa que em outra. Além dessa herança celular, dá para se ter alguma ideia do quanto alguém vai viver observando seu histórico familiar. Portanto, se você tem parentes com 90 anos ou mais, é bom começar a fazer vários planos para a velhice, pois tudo indica que você ainda vai longe…

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Na livraria:

Larousse da Terceira Idade, Larousse do Brasil, 2003

Na internet:

https://www.sbgg.org.br

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Viagem no tempo
O envelhecimento varia de pessoa para pessoa, mas veja quais são as mudanças mais comuns entre os 25 e os 80 anos de idade25 ANOS: O INÍCIO DE TUDO

Embora não sejam muito visíveis, os primeiros sinais do tempo aparecem entre 25 e 40 anos

Mudanças internas – A formação do esqueleto se completa aos 30 anos. Depois disso, a pessoa começa a perder massa óssea gradativamente e há uma diminuição no seu metabolismo. Por isso, o ápice da carreira dos atletas, por exemplo, gira em torno dos 25 anos. A partir dessa faixa, a freqüência cardíaca, que normalmente fica por volta dos 80 batimentos por minuto, tem uma redução de quatro batidas por minuto a cada dez anos de vida

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Mudanças externas – Surgem os primeiros fios de cabelo branco e as pessoas que se expõem bastante ao sol e fumam já apresentam as primeiras rugas nas laterais dos olhos, os chamados “pés-de-galinha”

O que chama atenção – Entre 30 e 35 anos, perde-se massa muscular e o fôlego para atividades físicas começa a cair 10% a cada década

40 ANOS: NÃO DÁ MAIS PARA ENGANAR

É entre os 40 e os 60 que já dá para notar bem que o processo de envelhecimento começou

Mudanças internas – Podem surgir problemas de vista cansada — levando ao uso de óculos — e de audição. Há uma diminuição na produção de cálcio, o que pode dar início à osteoporose, um mal que enfraquece os ossos. Nos homens dessa faixa, o número de espermatozóides cai pela metade

Mudanças externas – A partir dos 40, a pessoa fica 1 centímetro mais baixa a cada década. Há queda de cabelo e os fios ficam ainda mais brancos. Como a perda de massa muscular continua, sem que o peso total caia, o resultado dessa equação é o aumento da gordura corporal

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O que chama atenção – Aqui aumenta a pressão arterial, fator de risco para problemas cardíacos

60 ANOS: NO AUGE DA TERCEIRA IDADE

Entre os 60 e os 80 as orelhas crescem, mas um terço das pessoas perde audição

Mudanças internas – A imunidade diminui. O sono passa a ser mais curto, menos profundo. O fluxo renal diminui 50% até os 70 anos e o tecido nervoso sofre degeneração. Uma em cada três pessoas nessa faixa tem perda da audição. É 20% maior a incidência de depressão

Mudanças externas – A pele perde até 20% da espessura a partir dos 65 anos e há uma diminuição de até 50% no ritmo de crescimento do cabelo e da unha. O corpo passa a ter postura mais curvada e a habilidade motora e a memória diminuem

O que chama atenção – Por volta dos 70, com a perda de colágeno, substância responsável pela tensão e elasticidade da pele, há uma espécie de “queda” da fisionomia. Por isso, nariz e orelhas parecem cada vez maiores

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80 ANOS: HORA DA PRORROGAÇÃO

A partir daqui, a degeneração é acentuada e as complicações de saúde, mais intensas

Mudanças internas – Há uma diminuição dos reflexos e da sensibilidade aos estímulos térmicos e à dor. Perde-se a memória, principalmente sobre fatos recentes. A capacidade de aprendizado, no entanto, não diminui — o idoso só precisa de mais tempo e atenção. Quase 40% das pessoas têm diabetes

Mudanças externas – Aos 80, o idoso já tem 5 centímetros a menos de altura. O peso também sofre uma grande redução, devido à diminuição da estrutura óssea, da quantidade de água do corpo (o cérebro já não coordena mais a sensação de sede) e da massa muscular. A pele fica cheia de rugas, com manchas senis e vasos sanguíneos mais aparentes

O que chama atenção – Há uma predisposição a todos os tipos de câncer, por causa da intensa degeneração dos tecidos. Entre os homens, por exemplo, 95% têm aumento da próstata

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