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Como é uma execução por injeção letal?

Entenda o passo-a-passo dos últimos momentos de um condenado à morte - inclusive quais as substâncias que são aplicadas em seu corpo para matá-lo

Por Raquel Carneiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h09 - Publicado em 22 nov 2017, 14h26
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  • Os condenados podem ficar quase uma década isolados antes da execução. Eles são acusados por crimes hediondos (homicídio, estupro, latrocínio etc.). No mundo, 58 países mantêm a pena de morte – por enforcamento, fuzilamento ou decapitação. A injeção letal é usada nos EUA e em países como China e Vietnã. (No Brasil, a última pena de morte foi aplicada em 1876, mas ainda é permitida a execução em casos de crime de guerra.)

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    Na última semana, o preso passa por uma avaliação médica para verificar sua condição de saúde e se algo pode interferir nos efeitos da injeção. Um dos principais problemas é a dificuldade de encontrar uma veia apropriada, comum em usuários de drogas ou diabéticos.

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    Em alguns países, como nos EUA, o prisioneiro tem direito de escolher a sua última refeição. O cardápio é aprovado pelo diretor da instituição e não pode ultrapassar um valor predeterminado. Na Flórida, por exemplo, é de US$ 40. O detento pode receber a última visita de familiares, padre ou pastor, ou optar por um telefonema. Ele também é levado para o banho e ganha roupas novas.

     

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    1) TIME DA MORTE
    Um paramédico, um enfermeiro e um auxiliar preparam as injeções e conectam o prisioneiro ao monitor cardíaco e aos cateteres. Dois executores civis cuidam da aplicação e outra equipe fica na organização – fechar cortinas, acompanhar o condenado…

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    2) AGULHADA
    Tubos com agulhas são conectados aos braços do condenado, que pode realizar um último discurso. As doses e as drogas que ele irá receber podem variar de acordo com as leis do país e até dos estados. Normalmente, são três líquidos transparentes (veja abaixo), que começam a ser administrados em doses cavalares – de cinco a 15 vezes maiores que as dosagens aceitas pela medicina. A morte ocorre após cerca de dez minutos.

    Barbitúrico: O anestésico induz o coma e deixa a pessoa inconsciente
    Brometo de pancurônio: Relaxante que paralisa os pulmões e o diafragma
    Cloreto de potássio: Causa a parada cardíaca

    Alguns estados norte-americanos usam o protocolo de apenas uma injeção. Nesse caso, a dose anestésica é 50 vezes acima do normal e inibe a atividade neurológica, paralisa os músculos, os pulmões e o coração. O sistema é parecido com o usado na eutanásia de animais e pode causar óbito em menos de cinco segundos.

    3) FIM DA LINHA
    Quando o monitor confirma a parada cardíaca, um médico mede a pulsação e atesta a morte do preso. Após a autópsia, o corpo é encaminhado para uma funerária escolhida pela família ou pelo estado. Antes de morrer, o condenado também pode decidir se o seu corpo será doado a uma instituição de ensino.

     

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    Cenário macabro

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    A identidade dos executores é mantida em segredo. Eles devem ser treinados, ter mais de 18 anos, ficha limpa e nenhuma relação com o preso. A sala de execução é pequena e sem adornos. No centro fica uma maca, onde o preso é imobilizado, e alguns aparelhos: monitor cardíaco, microfone e câmera. É comum que os executores fiquem em um cômodo paralelo com fendas e tubos (por onde a injeção é aplicada).

    FONTES Site Death Penalty, Cornell Law School, Departamento de Justiça dos EUA e relatório anual da ONG Anistia Internacional

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