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Como era a vida na Suméria, na Mesopotâmia?

As cidades eram muradas, os templos eram o grande centro da vida social e havia muitas opções de profissões

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h27 - Publicado em 30 mar 2016, 15h06
sumeria sumeria

ILUSTRA Tom Ventre

PERGUNTA Luís Henrique Heckert Constantini, Brusque, SC

1) Aristocratas no deserto

Os sumérios são o primeiro povo urbano da história. Eles viveram entre 4000 a.C. e 1600 a.C. em várias cidades muradas independentes. Cada uma era governada por um rei, pelos nobres e por uma classe de sacerdotes muito influente. O rei controlava o exército e indicava os juízes, que tinham o poder de solucionar litígios e punir crimes. As penas incluíam amputação de membros e morte na forca ou na fogueira

2) O último grito da moda

As mulheres usavam vestido até os pés, véu e pano sobre a cabeça e o rosto. Dentro de casa, ou em ocasiões festivas, deixavam os cabelos à mostra – e caprichavam no perfume. Homens usavam saia que ia até os tornozelos e camisa, ou então túnica longa de peça única. Os ricos usavam muito linho. Os pobres, lã. Mas todos detestavam tons neutros e preferiam vestes bem coloridas

3) Quitinete

Feitas de barro e pintadas de branco, as casas tinham apenas 9 m2. Só serviam como cozinha (tarefa das mães) e quarto (nas noites chuvosas ou frias; quando fazia calor, todo mundo ficava do lado de fora). A criançada brincava e lutava nos quintais. E os pais podiam alugá-las como escravas, por curtos períodos, para lhes ensinar uma lição. Outro costume bizarro: se o marido morresse, a viúva se casava com o cunhado!

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4) Ricos sem nobreza

Era muito difícil mudar de classe social e alcançar a nobreza. Mas os sumérios podiam ficar ricos e viver com conforto. O ambiente da cidade estimulou o surgimento de diversas ocupações bem pagas: escribas, engenheiros, artesãos, pedreiros, tecelões, joalheiros, músicos e poetas. Mas os comerciantes eram os que mais enriqueciam, revendendo bens buscados na Ásia, na África e no Mediterrâneo

5)12 meses

Os sumérios eram grandes matemáticos, pioneiros em calcular raízes quadradas e frações. Usavam o sistema sexagesimal, baseado no número 60, para identificar horas e ângulos, e assim dividiram o ano em 12 meses, começando depois da colheita (o equivalente a outubro para nós). A vida cultural também incluía a produção de joias, esculturas e pinturas, além de muita música, tocada num tipo de alaúde

6) 12 anos

Com um pedaço de bambu pontiagudo e tijolos ainda quentes, os sumérios inventaram a linguagem escrita. Conhecida como cuneiforme, ela era usada para registrar as transações comerciais, as sequências de reis e as histórias da mitologia religiosa. Para dominar todos os caracteres, os garotos tinham de estudar por 12 anos, no templo ou em casa

7) Comer, rezar, amar

Os templos davam emprego a boa parte dos moradores e também serviam como hospitais. Os sacerdotes e as sacerdotisas estudavam os rins de animais sacrificados para fazer diagnósticos e receitavam de chás a rituais de exorcismo. Também era no templo que se cultuavam vários deuses. Eles recebiam comida especialmente preparada e sacrifícios em forma de prostituição de mulheres selecionadas

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8) Sacerdotes bons de conta

Havia duas autoridades religiosas mais importantes. Uma delas cuidava das orações e oferendas aos deuses. A outra gerenciava a vida cotidiana da cidade, do correio às obras de engenharia, e cobrava taxas, pagas com a moeda local ou com barras de ouro ou prata. Todo movimento financeiro feito pelos comerciantes passava pelo controle dos religiosos

9) Mesa farta

Para lidar com as cheias dos rios Tigre e Eufrates, que alagavam sem previsão e destruíam as colheitas, os sumérios inventaram arados, diques e canais de irrigação. Isso permitiu levar à mesa uma dieta rica em maçãs e figos, além de carne de porco, cabra e ovelha e trigo e cevada, usados para fazer pão e cerveja. O gergelim servia para fazer um azeite usado na comida e na iluminação pública

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FONTES Livro Dos Sumérios a Babel – A Mesopotâmia, História, Civilização e Cultura, de Federico Arborio Mella, e Mesopotâmia: O Amanhecer da Civilização, de Olavo Leonel Ferreira

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