Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Como eram os primeiros carros de F-1?

Nos primórdios da categoria, os carros eram instáveis, tinham carroceria de alumínio em forma de charuto, levavam o motor na frente e eram pouco potentes – eram “só” 350 cavalos, uma merreca em comparação aos 800 cavalos de hoje. Segurança era uma palavra desconhecida. Nas duas primeiras temporadas, em 1950 e 1951, ninguém usava capacete, […]

Por Guilherme Castellar
Atualizado em 22 fev 2024, 11h14 - Publicado em 18 abr 2011, 18h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nos primórdios da categoria, os carros eram instáveis, tinham carroceria de alumínio em forma de charuto, levavam o motor na frente e eram pouco potentes – eram “só” 350 cavalos, uma merreca em comparação aos 800 cavalos de hoje. Segurança era uma palavra desconhecida. Nas duas primeiras temporadas, em 1950 e 1951, ninguém usava capacete, só toucas de couro e óculos. Cinto de segurança, então, apenas no final dos anos 60. A concepção dos carros era baseada no velho método da tentativa e erro. “Tudo era empírico e dependia da intuição do engenheiro. Hoje, qualquer inovação passa por simulações em computador e túneis de vento. No final da década de 60, uma equipe precisava de 3 milhões de dólares para correr o campeonato. Hoje, gastam-se 350 milhões”, diz o jornalista Lívio Oricchio, especialista em automobilismo do jornal O Estado de S. Paulo. Mesmo com esse começo meio tosco, a F-1 sempre foi o maior laboratório do automobilismo. As dez inovações que marcaram os 55 anos da modalidade você confere abaixo. Também escolhemos os três carros mais bizarros que pintaram nas pistas. Se bem que esses modelos passavam mais tempo no box…

    Publicidade
    Mergulhe nessa

    Na Internet:

    Publicidade

    https://www.f1-legend.com

    O Calhambeque, bi, bi!
    Selecionamos dez bólidos que fizeram história – e três que fizeram rir

    ALFA ROMEO 158

    Publicidade

    Ano – 1950

    Equipe – Alfa Romeo

    Publicidade

    Inovação – Chassi tubular e motor dianteiro

    Os primeiros carros tinham pneus finos, motor dianteiro e atingiam 290 km/h. O chassi (a estrutura do carro) era em forma de “charuto” e a carroceria era de alumínio. Essa combinação era instável e difícil de controlar nas curvas, mas predominou até os anos 60

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    MERCEDES W196

    Ano – 1954

    Publicidade

    Equipe – Mercedes

    Inovação – Carroceria aerodinâmica

    A Mercedes estreou na F-1 projetando um carro com duas carrocerias diferentes, uma para circuitos rápidos e outra para os “travados”. Com esse modelo, o argentino Juan-Manuel Fangio venceu os campeonatos de 1954 e 1955

    COOPER-CLIMAX

    Ano – 1959

    Continua após a publicidade

    Equipe – Cooper-Climax

    Inovação – Motor traseiro

    A mudança na posição do motor melhorou a distribuição do peso no carro. Mais equilibrado, o bólido ganhou tração, ficando mais rápido e estável. O australiano Jack Brabham aproveitou a novidade e faturou o mundial de 1959 com o Cooper-Climax

    LOTUS 25

    Ano – 1963

    Equipe – Lotus

    Inovação – Chassi monocoque

    Continua após a publicidade

    Sai o chassi de aço, entra o chassi monocoque, uma estrutura com chapas de metal soldadas que deixou os carros mais leves e resistentes. O primeiro F-1 campeão que usava a tecnologia monocoque foi o Lotus 25, pilotado pelo “escocês voador” Jim Clark

    LOTUS 49

    Ano – 1968

    Equipe Lotus

    Inovação – Aerofólio e asas dianteiras

    O aerofólio — essa peça em forma de asa invertida na traseira — revolucionou a F-1. A invenção mudou a forma com que o ar passava pelo carro, colando-o ao chão e aumentando a tração e a estabilidade. A moda nasceu com a Lotus, em 1968

    Continua após a publicidade

    LOTUS 72 D

    Ano – 1972

    Equipe – Lotus

    Inovação – Carro em forma de cunha

    Imagine o carro de frente. Antes, ele parecia um tubo. Agora, ficou com o jeitão de um semi-círculo ou uma cunha, diminuindo o atrito com o ar. A invenção é de 1970, mas ganhou fama no Lotus campeão pilotado pelo brasileiro Emerson Fittipaldi, em 1972

    LOTUS 79

    Ano – 1978

    Continua após a publicidade

    Equipe – Lotus

    Inovação – Carro-asa

    As duas bordas laterais em forma de aerofólio (ou asa invertida, daí o nome do carro) aumentaram ainda mais a aerodinâmica do F-1. O ganho de velocidade nas curvas foi tanto que os carros-asa foram proibidos em 1982, por razões de segurança

    WILLIAMS FW07B

    Ano – 1980

    Equipe – Williams

    Inovação – Carroceria com materiais compostos

    Fibra de carbono, kevlar e ligas metálicas — os “materiais compostos” — substituíram o alumínio na carroceria, que ficou mais resistente e leve. A nova tendência brilhou em 1980, com a vitória do australiano Alan Jones pela Williams

    BRABHAM BT 52

    Ano – 1983

    Equipe – Brabham

    Inovação – Motor turbo

    Em comparação com o motor aspirado, o turbo tinha uma potência 33% maior. O brasileiro Nelson Piquet foi o primeiro campeão pilotando um turbinado, o Brabham BT 52, de 1983

    WILLIAMS FW14B

    Ano – 1992

    Equipe – Williams

    Inovação – Câmbio semi-automático e suspensão ativa

    O Williams que deu o título ao inglês Nigel Mansell é um dos carros mais modernos da história. Controlada por computador, a suspensão ativa absorvia os solavancos do asfalto. E com o câmbio semi-automático, bastava um toque de botão para trocar as marchas

    TYRRELL P34

    Ano – 1976

    Equipe – Tyrrell

    Bizarrice – Carro com seis rodas

    A idéia maluca até que funcionou. No terceiro GP, a Tyrrell emplacou o 1º e o 2º lugares. E só. Em 1978, carros com mais de quatro rodas foram banidos

    LIGIER JS 5

    Ano – 1976

    Equipe – Ligier

    Bizarrice – “Carro-bule”

    A tomada de ar (o buraco sobre a cabeça do piloto) era enorme para dar mais potência ao motor. Apelidado de “bule voador”, o fiasco só correu três GPs

    EIFELLAND 21

    Ano – 1972

    Equipe – Eifelland

    Bizarrice – Aerofólio dianteiro e outras loucuras

    Com aerofólio dianteiro, entrada de ar e retrovisor na frente do piloto, a Eifelland montou esse supra-sumo da esquisitice. E faliu no meio da temporada

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.