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Como eram os rituais de magia negra dos templários?

Os supostos atos de heresia, nunca confirmados, foram montados com base em boatos e confissões sob tortura

Por Leandro Saioneti
Atualizado em 22 fev 2024, 10h08 - Publicado em 21 dez 2017, 15h42

Os supostos ritos envolviam sodomia, negação a Cristo e adoração a ídolos pagãos. Criada em 1119, a Ordem dos Templários tinha a missão de proteger os peregrinos cristãos que se dirigiam a Jerusalém e, também, de defender a Terra Santa e combater os “infiéis” (principalmente os muçulmanos). Com o passar dos séculos, sua influência tornou-a muito rica, através da doação de terras, propriedades e dinheiro, além dos empréstimos que fazia à nobreza. E foi em busca desse patrimônio que o rei francês Filipe IV idealizou um plano de extinguir o grupo e tomar posse de sua riqueza. Em 1307, com consentimento do papa Clemente V, ele arquitetou um processo inquisitorial que falsamente acusou os templários de práticas hereges. Ao fim do julgamento, a maioria dos cavaleiros havia sido morta e a Ordem extinta. Entre os historiadores, o fato é considerado uma das grandes injustiças ocorridas durante a Idade Média.

Ritual forjado

Os atos de heresia foram montados com base em boatos e confissões sob tortura. As acusações culminaram no fim dos templários

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(Wikicommons/Mundo Estranho)

Negando a Deus
Muitas das acusações da Inquisição citavam o ritual de iniciação: todos os cavaleiros deveriam negar a Cristo (que seria um falso profeta), a Virgem Maria e aos santos. Também tinham que negar o símbolo da cruz, cuspindo nela três vezes

Cumprimentos
Envolviam beijos na boca, na coluna cervical, no ventre, no pênis e no ânus. Como o grupo era composto exclusivamente de homens, não faltaram insinuações de que os seus membros praticavam atos de sodomia

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Templarios-4
(Wikicommons/Mundo Estranho)

Perdão dos pecados
Os cavaleiros também não acreditariam nos sacramentos da Igreja e omitiam palavras durante a consagração nos ritos litúrgicos. Fora isso, importantes membros (como o grão-mestre) foram acusados de conceder perdão mesmo sem qualificação

Adorando mortos
Entre as violações mais sérias estaria a veneração de ídolos pagãos. As entidades eram representadas por cabeças mumificadas e crânios humanos – e seriam capazes de trazer riqueza e germinar terras. No ritual, os membros tocavam os ídolos com cordões e, depois, os amarravam ao corpo

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Maomé deformado
A principal entidade venerada era Baphomet, que teria três faces e até olhos brilhantes. O nome seria a deformação de “Maomé” e acreditava-se que a cabeça poderia ser do profeta. A percepção da figura como elemento demoníaco ocorreu no século 19, quando o ocultista Eliphas Levi o retratou como uma mistura entre homem e bode

Símbolos pagãos
Alguns ídolos egípcios, como a deusa Ísis negra, também fariam parte dos rituais – assim como símbolos ligados ao esoterismo e à bruxaria. Mas há relatos de que tais desenhos estivessem ligados a tratados de alquimia. Durante a guerra contra os infiéis, a Ordem teve contato com a cultura árabe, que estudava e praticava alquimia

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(Wikicommons/Mundo Estranho)
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Vingança na fogueira
O líder da Ordem, Jacques de Molay, foi executado na fogueira em 1314. Enquanto queimava, ele teria proferido vinganças contra o papa Clemente V, que faleceu 30 dias depois com infecção intestinal, e contra Filipe IV, que morreu oito meses depois ao cair do cavalo. Diz a lenda que os sobreviventes recolheram as cinzas de Molay e misturaram o pó com vinho e beberam para selar o pacto de vingança

CONSULTORIA Sérgio Pereira Couto, jornalista e pesquisador

FONTES Livro Os Mistérios Templários, de Louis Charpentier; sites SUPERINTERESSANTE e Aventuras na História

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