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Como foi o roubo ao Masp, no Brasil, em 2007?

Descaso das autoridades permitiu um dos maiores furtos de arte do Brasil. Foram levados quadros de Picasso e Portinari

Por Diego Meneghetti
Atualizado em 22 fev 2024, 10h25 - Publicado em 7 jun 2016, 16h45
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    ILUSTRAS Filipe Campoi

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    Esta matéria faz parte da reportagem OS ROUBOS DE MUSEU MAIS INCRÍVEIS DA HISTÓRIA. Confira as outras:

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    MAIS FÁCIL, IMPOSSÍVEL
    Descaso das autoridades permitiu um dos maiores furtos de arte do Brasil

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    1. 29 de outubro de 2007 e 17 de dezembro de 2007
    Naquele ano, o Masp já havia sofrido duas tentativas de assalto. No fim de outubro, dois homens invadiram o museu às 6h e subiram até o 2º andar, mas fugiram sem levar nada. Um mês e meio depois, bandidos usaram um maçarico para arrombar a porta principal do prédio, mas não chegaram a entrar. Nenhum dos casos foi registrado em boletim de ocorrência na polícia.

    2. 20 de dezembro de 2007, 5h09
    Dois vigias trabalhavam na madrugada. Nesse momento, eles estavam no subsolo, com outros dois guardas, pois a troca de turno aconteceria às 5h15. De lá nenhum deles ouviu a movimentação no térreo, onde três ladrões haviam pulado os biombos de vidro da entrada e usavam um macaco hidráulico para arrombar a porta.

    3. 5h10
    Pelas escadas, os ladrões chegaram ao 2º andar e usaram um pé de cabra para arrombar a porta de vidro que os separava da galeria. Em um dos cômodos, retiraram Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso, e, em outro, O Lavrador de Café, de Portinari. Como nenhum outro quadro foi tocado, a polícia pôde concluir que esses alvos haviam sido previamente definidos.

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    4. 5h12
    O grupo saiu pela mesma porta de entrada, com as telas debaixo do braço, ainda nas molduras. Fugiram em um Santana preto. Como as luzes estavam apagadas e as câmeras de segurança eram de baixa resolução, sem infravermelho, os ladrões não foram identificados. Para piorar, o Masp não tinha alarme: o crime só foi descoberto quando um dos vigias foi fazer sua ronda.

    5. 27 de dezembro de 2007
    Seguindo pistas de informantes, a polícia prendeu um dos responsáveis, Francisco Laerton de Lima. O depoimento dele indicou uma casa em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Lá, em 8 de janeiro, outro bandido foi preso, Robson Jesus Jordão, e os dois quadros foram recuperados, intactos (ainda bem, porque o Masp não tinha seguro para seu acervo).

    6. 24 de janeiro de 2008
    Presos, os bandidos deduraram o cabeça do crime, Moisés Manoel de Lima Sobrinho, que se entregou nesse dia. Todos foram condenados e cumprem pena. Em uma entrevista à Folha de S.Paulo, Sobrinho disse que o roubo foi encomendado por uma pessoa pública do Brasil, mas que não iria revelar quem porque sua família havia sido ameaçada de morte por ela.

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    FONTES JornaisFolha de S.Paulo,O Globo,O Estado de S. Paulo,The New York Times,The Boston GlobeeThe Guardian; sitesFBI,BBC,ArtLoss,Codart; e livroCrimes of the Art World, de Thomas D. Bazley

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