Primeiro, claro, é preciso acender uma pequena fogueira com madeira seca e sem casca, para não fazer sinais antes da hora. Depois, é só jogar nas chamas alguns ramos de folhas verdes, que produzem bastante fumaça, e colocar uma coberta sobre a fogueira. Na hora de se comunicar, basta remover a capa para formar os grandes tufos de fumaça. Os sinais são telegráficos, aparecem e somem rapidamente para chamar a atenção e não se confundirem com uma fogueira natural. Apesar de primitivo – qualquer brisa já bagunçava toda a comunicação -, o sistema funcionava bem. Chegou a ser usado pelos nativos de Cuba, da Austrália e até do Brasil. Nos Estados Unidos, ao contrário do que sugerem os faroestes de Hollywood, o uso de sinais de fumaça entre os índios era muito limitado. “Não existia nenhum código universal. Por isso, cada tribo combinava antes o significado dos tufos”, afirma o historiador Leonard Bruguier, do Instituto de Estudos Indígenas Americanos, da Universidade de Dakota do Sul, nos Estados Unidos.
O problema é que os sinais mais comuns logo eram entendidos pelos rivais dos índios, o exército americano. Um tufo curto, por exemplo, indicava a presença de inimigo, enquanto uma série repetida deles mostrava que eram numerosos e estavam bem armados.