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Como funciona um hipódromo?

Onde moram, como vivem e até onde relaxam os cavalos de corrida.

Por Artur Louback Lopes
Atualizado em 22 fev 2024, 11h24 - Publicado em 18 abr 2011, 18h34
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Clique na imagem para ampliar. (André Kitagawa/Mundo Estranho)

1. RODA DA FORTUNA

O que move os hipódromos são as apostas. No hipódromo de São Paulo movimentam-se anualmente cerca de 30 milhões de reais. Parte desse montante vem de apostas em páreos nos hipódromos do Rio, do Paraná e do Rio Grande do Sul feitas em São Paulo. Os maiores prêmios vêm de apostas em seqüências de corridas.

2. LAZER A GALOPE

Hipódromos são mantidos, em geral, por jóqueis-clubes, que, como o nome já diz, são clubes: a direção é eleita pelos sócios, que pagam uma mensalidade e freqüentam uma área social com piscina, quadras, salão de festas etc. O hipódromo de São Paulo (retratado aqui no infográfico) tinha cerca de 4 mil sócios quando esta matéria foi escrita.

3. PÕE NA TELA

Dentro da torre de filmagem há um trilho onde corre uma câmera. O posicionamento da torre é estratégico: apesar de a largada dos páreos variar de local, a chegada sempre é no mesmo lugar, bem em frente à câmera. Os páreos são transmitidos para dentro do próprio hipódromo e para casas de apostas.

4. CADA UM NA SUA

Nos principais hipódromos só correm cavalos puro-sangue inglês. Mas, apesar da raça padronizada, alguns são melhores na grama, outros preferem areia e odeiam curva. Por isso o hipódromo precisa ter pelo menos uma pista de areia e uma de grama e os páreos variam de 1.000 a 3.200 metros

5. LAVANDO A ÉGUA

A maioria dos hipódromos tem dois ou três dias de corrida e o resto é de treino. Cada cavalo treina de uma forma: uns dão piques, outros trotam ou nem isso. O hipódromo de São Paulo tem duas pistas de areia exclusivas para treinamento, além de uma piscina (para relaxar os músculos dos animais) e um picadeiro.

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6. PLANTÃO MÉDICO

Cavalos de corrida costumam ser sacrificados quando se contundem seriamente. Muitas vezes a eutanásia ocorre no hospital veterinário do hipódromo. Para evitar que o animal sofra, ele é anestesiado e recebe uma injeção de cloreto de potássio. Antes das corridas só veterinários do hipódromo podem medicar os animais.

7. MONTADOS NA CARREIRA

Dentro do hipódromo de São Paulo há uma escola de jóqueis. Depois de aprovados em uma seleção rigorosa, eles passam a viver no hipódromo, onde estudam, treinam e competem. Só se profissionalizam os que vencem pelo menos 60 provas em dois anos.

8. PRONTO PARA MORAR

Toda esta área, chamada de Vila Hípica, é formada por cocheiras, que, por sua vez, são formadas por um conjunto de baias, onde os cavalos são mantidos quando não estão competindo ou treinando. No hipódromo de São Paulo há 86 cocheiras com até 30 baias cada uma.

9. FICHA CORRIDA

Todas as características dos cavalos são detalhadas nos programas das corridas. Primeiro, porque cada páreo é direcionado para um tipo de cavalo – por exemplo, éguas de 3 anos. Além disso, para orientar as apostas, o programa diz, entre outras coisas, se o animal tomou algum remédio e se usa ferraduras.

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10. VIGILANTES DO PESO

Antes e depois das corridas, os jóqueis são pesados. Se forem muito leves, precisam levar peças de chumbo no uniforme para igualar a média de peso dos adversários. Já os que estão acima do peso precisam suar: há uma sauna no hipódromo onde alguns jóqueis passam horas antes da pesagem.

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