Como funciona uma ventosa?

ILUSTRA Camucada

SUGESTÃO Gabriel Fagundes

1. Ao pressioná-la contra a parede, expulsamos grande parte do ar entre o cone e a superfície. Assim, a pressão do ar do lado de fora da ventosa se torna maior do que na área interna. Essa pressão age perpendicularmente à superfície, de fora para dentro. Resultado: ela é fixada na parede

2. A ventosa é um ótimo caso de design. O formato cônico, meio arredondado, a torna resistente às diferenças de pressão, evita que ela se rompa e ajuda a distribuir as forças igualmente por toda a sua superfície. O material de composição (como borracha, vinil e silicone) também colabora. E quanto maior a área de contato da ventosa, menor é a pressão interna. Ou seja: as grandes são mais eficazes

3. O ideal é grudá-la em uma superfície lisa, livre de irregularidades. Se houver pequenas ranhuras na superfície, o ar pode entrar gradualmente por ali e elevar a pressão, “descolando” a ventosa. É por isso que vale molhá-la antes de instalá-la: a água ocupa os espacinhos, tornando a superfície mais regular

Continua após a publicidade

4. Esse sistema de fixação é um processo semelhante ao da formação de vácuo, quando a pressão no interior de um recipiente é desprezível em relação à externa. Porém, não dá para atingir o vácuo total em uma ventosadoméstica. Aos poucos, o ar sempre entra e, mais dias, menos dias, ela se solta

AS SUPERVENTOSAS

Exército cria versões poderosas para aplicar em robôs de resgate

O Laboratório de Pesquisas do Exército dos EUA desenvolveu ventosas autovedáveis, acopladas com bombas de sucção. Assim, mesmo as que não aderirem à superfície se fecham automaticamente após a retirada do ar. Os primeiros protótipos, ultrapequenos, estão sendo aplicados nas mãos de robôs que possam ajudar, por exemplo, no resgate de vítimas de desabamentos