Como funcionam os aviões que decolam e aterrissam na vertical?
Eles são quase helicópteros disfarçados. É que, além das asas, esses aviões especiais têm um sistema de motores que empurra o ar para baixo, gerando um impulso forte o suficiente para erguê-los no ar. Dependendo do modelo, a impulsão pode vir de turbinas a jato ou de hélices. A grande vantagem desse tipo de avião […]
Eles são quase helicópteros disfarçados. É que, além das asas, esses aviões especiais têm um sistema de motores que empurra o ar para baixo, gerando um impulso forte o suficiente para erguê-los no ar. Dependendo do modelo, a impulsão pode vir de turbinas a jato ou de hélices. A grande vantagem desse tipo de avião – identificado pela sigla V/STOL, que, em inglês, significa “decolagem e pouso vertical ou em curta distância” – é poder operar em espaços pequenos, como porta-aviões ou áreas sem pistas adequadas. Além disso, eles também conseguem diminuir a velocidade no meio do vôo até pararem no ar, imóveis como um beija-flor. O mais famoso V/STOL é o Harrier, fabricado na Inglaterra pela British Aerospace, que até fez uma pontinha no final do filme True Lies (1994), estrelado por Arnold Schwarzenegger. As quatro turbinas do Harrier são móveis, podendo ser apontadas para baixo (na decolagem e no pouso) ou para trás, em pleno vôo.
“Uma vez no ar, o piloto comanda a rotação gradual dos jatos, ganhando velocidade e gerando força de sustentação nas asas. Essa transição do vôo vertical para o horizontal é uma das fases mais críticas nesse tipo de aeronave”, afirma o engenheiro Paulo Grecco, do Laboratório de Aeronaves da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos. Mais moderno que o avião inglês, porém, é o X-35B Joint Strike Fighter, fabricado pelo grupo americano Lockheed-Martin. Além de turbinas móveis, o X-35B tem, em seu interior, possantes hélices que direcionam o fluxo de ar para baixo através de aberturas na sua fuselagem.