Como funcionam os carros que rodam tanto a álcool como a gasolina?
Com um motor “mutante”. A engenhoca é capaz de se adequar automaticamente a um ou outro combustível segundos após o carro ser ligado. Mas como o motor sabe se você colocou álcool ou gasolina no tanque? É que essas substâncias soltam resíduos diferentes pelo escapamento: no escape do álcool, por exemplo, há muito mais oxigênio […]
Com um motor “mutante”. A engenhoca é capaz de se adequar automaticamente a um ou outro combustível segundos após o carro ser ligado. Mas como o motor sabe se você colocou álcool ou gasolina no tanque? É que essas substâncias soltam resíduos diferentes pelo escapamento: no escape do álcool, por exemplo, há muito mais oxigênio que no da gasolina. Os carros bicombustível, então, têm um sensor que analisa a quantidade de oxigênio desses resíduos. Quanto mais O2 aparecer lá, mais álcool há no tanque, e com essa informação o motor se adapta automaticamente. Uma das principais diferenças entre os combustíveis é a forma como eles queimam no motor. O princípio é o mesmo: dentro do cilindro, entra ar e combustível. Uma faísca queima o produto e o ar que estiver misturado ali explode, movimentando o pistão. Para que isso aconteça com gasolina, tem que haver uma parte dela para 14 de ar. Já com o álcool, é uma parte para apenas nove.
O que faz o motor dois em um? Injeta mais combustível quando há mais álcool no tanque. Aí a mistura ar-combustível fica sempre correta. Mas nem todos os componentes são adaptáveis. “As peças que entram em contato com o combustível recebem tratamento para resistir ao poder de corrosão do álcool, bem maior que o da gasolina”, diz o engenheiro eletricista Sidney de Oliveira, da Bosch, empresa que desenvolve motores bicombustível.
Motor se ajusta ao que estiver no tanque
1. Inteligência artificial
Um software é o responsável por regular continuamente o motor para que ele funcione com o combustível que estiver no tanque. Um chip comanda sensores que estão conectados a algumas peças do motor. Eles informam como as peças devem mudar de comportamento quando o combustível é alterado
2. Injeção precisa
Para que as explosões ocorram normalmente dentro de um motor a álcool, é preciso haver mais combustível na câmara de combustão dos cilindros do que se o motor for a gasolina. Quem resolve isso é o injetor: ele coloca cada combustível, ou mistura, em sua medida correta no cilindro
3. Faísca resistente
As velas do motor, que soltam a faísca para o combustível explodir, variam conforme a temperatura e a pressão sob as quais trabalham. E essas condições são diferentes para a queima do álcool e da gasolina. Então as velas são de um tipo mais resistente, capaz de operar sob pressões e temperaturas diversas
4. Trabalho sob pressão
A chamada taxa de compressão nos carros bicombustível é igual à dos motores a gasolina – menor que a dos carros a álcool. Assim, teoricamente o motor dois em um não queimaria o álcool na pressão adequada. Essa pressão, porém, varia enquanto o pistão do motor sobe e desce. O chip, então, faz o álcool explodir só quando a posição do pistão dá a pressão ideal para a queima
5. De olho nos gases
A sonda lambda existe também nos carros convencionais, onde faz o meio de campo entre catalisador e motor, para reduzir a emissão de poluentes. Nos carros bicombustível, ela analisa os gases que saem na hora em que o motor é ligado e informa ao chip especial se o que está queimando é álcool, gasolina ou uma mistura dos dois
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