Está pronto para a verdade? Na maioria dos casos, é você quem fornece seu endereço para os spammers, pessoas que infestam a sua caixa postal com propagandas que você nunca pediu. Por exemplo: sabe quando você acredita em pop-ups – aquelas irritantes janelas que surgem na tela – oferecendo senhas gratuitas para sites pornográficos em troca do seu endereço de e-mail? Pronto! Os caras podem até mandar um código pra você ver umas minas peladas. Mas, geralmente, isso é só uma desculpa para essa gente enviar mensagens publicitárias para você, prometendo desde o ensino de idiomas até aumentar o tamanho do bilau. E haja spam: de acordo com o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança – uma entidade especializada em segurança da internet -, em agosto deste ano, um em cada quatro e-mails enviados no Brasil era spam! Mas você não é o único culpado. Os spammers ainda atacam com outras técnicas (dá uma olhada no quadro abaixo). Para que tanto esforço? Basicamente, porque o spam é uma forma barata de se fazer propaganda. E em um universo de milhões de contas, os spammers sempre conseguem atrair uma parcela de clientes. “39% das pessoas admitem que clicam em links enviados em e-mails não solicitados”, diz o analista Marcel Nienhuis, especialista em pesquisas sobre a internet.
VARREDURA MANUAL
Funcionários das empresas de spam navegam pela net coletando endereços exibidos em grupos de discussão ou salas de bate-papo. Depois, eles mandam propaganda para todo mundo que deu mole e deixou endereço nessas listas
VARREDURA COM ROBÔS
Alguns spammers usam softwares que varrem telas de sites à procura do símbolo “@”, essencial para um endereço de e-mail. Eles capturam os endereços, montam uma megalista e mandam spams para a galera
TENTATIVA E ERRO
Softwares disparam e-mails “adivinhando” o usuário pela combinação de letras. Se o seu e-mail for jsilva@abc.com, o programa manda mensagens para jsilver, jsilv e jsilva, por exemplo. As duas primeiras voltam, mas a terceira chega…
COMÉRCIO ILEGAL
Combinando as três técnicas anteriores, piratas coletam endereços e os gravam em CDs. Depois, vendem o produto para empresas de spam. No centro de São Paulo, um CD pirata com 1 milhão de endereços sai por 10 reais!
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