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Como se escala o Everest?

A subida até o cume pode levar semanas. Botas duplas e até escada fazem parte do equipamento usado

Por Lorena Verli
Atualizado em 14 fev 2020, 17h52 - Publicado em 18 abr 2011, 18h25
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  • Com muita paciência! A subida rumo ao cume pode levar semanas, pois os alpinistas fazem escalas em vários trechos da montanha para se adaptar à altitude. E, além da paciência, também é preciso ter muita grana. Cada alpinista precisa desembolsar entre 40 mil e 60 mil dólares para escalar o Everest. Parte desse dinheiro fica com os governos da China e do Nepal, que cobram pedágios de até 10 mil dólares de cada pessoa que pretende chegar ao cume mais alto do mundo. Desde 1953, mais de 2 mil pessoas já conseguiram realizar essa façanha. E põe façanha nisso! O frio no alto da montanha pode chegar a 70 ºC negativos e o ar rarefeito deixa o corpo em pane: os músculos perdem força, o cérebro não soma 2 mais 2 e o pulmão corre o perigo de sofrer um edema. Mais de 200 pessoas já pagaram a aventura com a própria vida…

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    O céu é o limite

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    Veja como é a escalada pela rota sul, a mais usada

    10. Os alpinistas costumam iniciar o ataque ao cume à noite. Partindo do acampamento 4, eles levam 12 horas para subir até lá. É preciso estar no cume por volta do meio-dia para dar tempo de voltar ao acampamento 4 ainda de dia. Só dá para apreciar a vista por alguns minutos…..

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    9. A Cornice Traverse termina no Degrau de Hillary, uma escadaria vertical de 12 m, escalada com cordas. O trecho é tão estreito que só passa uma pessoa por vez. A falta de oxigênio e o cansaço fazem com que muitos desistam aqui, a 50 m do cume!

    8. Para chegar ao cume, há ainda dois obstáculos. O primeiro é a Cornice Traverse. São só 120 m de caminhada, mas você segue numa trilha estreita, exposta ao vento e com abismo dos dois lados! Qualquer erro pode ser fatal!

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    7. O último acampamento é o 4, montado um pouco abaixo da chamada zona da morte. É que, a partir dos 8 mil m, o alpinista tem tempo contado para alcançar o cume e voltar à zona de segurança antes que seu corpo entre em colapso e ele morra

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    6. O desafio entre os acampamentos 3 e 4 são os paredões Yellow Band e Geneva Spur. São trechos em rochas sem gelo. Nesta área, os alpinistas também começam a sentir necessidade de usar tubos de oxigênio por causa da altitude acima dos 7 mil m

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    5. Devido à inclinação do Everest, quem escala pela rota sul desvia pelo Lhotse, a quarta maior montanha do mundo, no trecho entre os acampamentos 2 e 3. Mas o atalho não é fácil: trata-se de um paredão de gelo com inclinação de até 80 graus em alguns pontos!

    4. No caminho até o acampamento 2, os alpinistas passam pelo vale glacial Western Cwm. É uma caminhada sem grandes desafios técnicos, mas a falta de vento e a exposição direta ao Sol levam os alpinistas ao desespero devido ao calor. Eles rezam para uma nuvem tapar o Sol…

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    3. Com cordas e escadas já montadas no caminho, o trajeto até o acampamento 1 dura seis horas. Aqui, a 6 100 m, os alpinistas passam mais uns dias se aclimatando à nova altitude. Nos demais acampamentos, sempre entre dois trechos difíceis da escalada, essa rotina se repete

    2. Entre o acampamento-base e o acampamento 1 já há um primeiro grande desafio. O trecho chamado Cascata de Gelo Khumbu é um grande e instável labirinto de blocos de gelo, com fendas entre eles. Para atravessá-las, escadas são improvisadas como pontes

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    1. O acampamento-base, de onde saem as expedições, fica numa altitude de 5 400 m. Os alpinistas passam uns dez dias lá se habituando ao ar com 50% menos oxigênio que ao nível do mar. Nesses dias, eles treinam pequenas escaladas na região

    Do topo ao túmulo

    Confira a evolução das escaladas bem-sucedidas e das mortes no Everest

    Período – 1922 – 1952

    Sucesso – 0 pessoas

    Mortes – 13 pessoas

    Período – 1953 – 1960

    Sucesso – 6 pessoas

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    Mortes – 0 pessoas

    Período – 1960 – 1970

    Sucesso – 18 pessoas

    Mortes – 6 pessoas

    Período – 1970 – 1980

    Sucesso – 78 pessoas

    Mortes – 28 pessoas

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    Período – 1980 – 1990

    Sucesso – 183 pessoas

    Mortes – 59 pessoas

    Período – 1990 – 2000

    Sucesso – 883 pessoas

    Mortes – 59 pessoas

    Período – 2000 – 2006

    Sucesso – 1 081 pessoas

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    Mortes – 37 pessoas

    Kit alpinista

    Botas duplas e até escada fazem parte do equipamento usado

    Botas + grampões

    São usadas duas botas: uma de trekking e outra de tecido isotérmico por dentro. Os grampões são encaixados sob a bota nos trechos de neve dura ou gelo

    Escadas

    Servem para atravessar fendas. Dependendo do tamanho do desafio, podem ser amarradas umas às outras

    Garrafas de oxigênio

    Imprescindíveis acima dos 7 500 m, garantem que o corpo receba um nível ideal de oxigênio

    Piolet (martelo)

    É a principal ferramenta para escalada em montanhas geladas. Fixado com golpes firmes no gelo, sustenta o corpo do alpinista e serve para cavar

    Cordas e grampos

    As cordas salvam a vida no caso de queda, e os grampos fixam as cordas nas rochas ou no gelo

    Leia também:

    – Por que o K2 é a montanha mais perigosa do mundo?

    – O que era Machu Picchu?

    – Dá mesmo para causar uma avalanche só com o grito?

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