Como se faz uma cirurgia de redução da mama?
Técnica mais comum é a do "T invertido"
Pergunta da leitora Maria de Jesus Oliveira, Fortaleza, CE
Ilustra Érika Onodera
Edição Felipe van Deursen
Existem alguns métodos. A mamoplastia redutora é indicada a quem tem mamas muito volumosas, o que provoca desconforto e dores nas costas e no pescoço.
Peitos generosos atrapalham atividades simples, como caminhar ou escolher um sutiã legal (o peso faz com que a alça do sutiã deixe uma marca profunda nos ombros). A cirurgia é indicada após o desenvolvimento das mamas, no fim da puberdade. Não há um volume máximo, mas é difícil retirar mais de 800 g, o equivalente a duas bolas de futebol.
1. Após a anestesia, o médico faz marcações a caneta no corpo da paciente, para destacar o que está sobrando e o que deve ficar
2. Na incisão, remove-se excesso de gordura e de pele. Em mamas muito largas, uma lipoaspiração pode melhorar o contorno do tórax. A técnica do “T” invertido é a mais comum, porque também reverte pequenas quedas dos seios
3. No fim, são feitos pontos profundos para sustentar os seios. A “T” é que deixa a maior marca, mas médicos dizem que não importa o tamanho da cicatriz, desde que seja feita direito: uma cicatriz grande bem posicionada é melhor que uma pequena e malfeita
4. PÓS-OPERATÓRIO Apesar de raro, há risco de perda de sensibilidade e de incapacidade de amamentação. Deve-se evitar elevar os braços por 15 dias. Para manter tudo no novo lugar, também vale usar sutiã cirúrgico por até dois meses
Outros métodos
Além da técnica do “T invertido”, há três tipos de incisão
Periareolar
Indicada para peitos não muito volumosos (a queda da mama é discreta e não há necessidade de grandes reduções). Para os muito grandes, só o “T” é recomendado
Vertical
A técnica permite reduzir o volume em pequena quantidade e levantar a posição do mamilo. Indicada para mamas de tamanho médio
“L”
Para casos em que o excesso está mais na lateral do que no centro dos seios. Deixa uma cicatriz menor que a da técnica do “T invertido”
Consultoria Ana Claudia Roxo, cirurgiã plástica e especialista em reconstrução de mama pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e Carla Peterli, cirurgiã plástica da clínica Arte & Plástica (Cascavel, PR)