A mitologia grega diria que ele aparece sempre que a deusa Íris deixa um rastro colorido no céu, para transmitir aos homens as mensagens de Zeus, o todo-poderoso do Olimpo. A explicação científica é bem menos romântica. O arco-íris surge quando o Sol ilumina a umidade suspensa no ar, após uma chuvarada, por exemplo. Quando um raio bate na borda de uma gotinha de água ou de vapor, a luz branca do Sol é desviada e se decompõe nas sete cores que compõem seu espectro: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. É o mesmo efeito do prisma, que aprendemos na escola: cada cor é refletida em um ângulo diferente e muda de direção ao retornar para a atmosfera. A cor vermelha é a que se propaga mais rápido, formando a faixa superior do arco-íris. A violeta, a mais lenta, aparece na parte inferior.
O fenômeno é tão comum que os cientistas acumulam alguns recordes coloridos. “Em laboratório, foram observados mais de 12 arco-íris a partir de uma única gota dágua”, afirma o físico José Pedro Rino, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
Prisma natural
1. Dentro da gota dágua ou de vapor, o raio solar passa por uma refração – ou seja, se divide nas sete cores que compõem a luz branca
2. Cada onda colorida é desviada em um ângulo diferente, de acordo com suavelocidade de propagação
3. Os raios coloridos são refletidos na borda do fundo da gota
4. Ao saírem da gota, os raios são desviados mais uma vez. O efeito é igual aode uma lente de aumento
5. O espetáculo acaba quando o Sol muda de posição ou quando um vento forte dissipa a umidade do ar
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